A Live da Folha do último dia 18 (sexta-feira), recebeu o prefeito de Rio Bonito, Leandro Peixe. Na entrevista, o chefe do Executivo falou sobre as dificuldades que teve para governar em 2021, quando, segundo ele, “pegamos o município com uma dívida de quase R$50 milhões”; sobre os projetos que tem, por exemplo, para a área da saúde, como a implantação de um método online para que pacientes marquem seus próprios exames e consultas nas unidades de saúde do município, e ainda sobre a intervenção no Hospital Regional Darcy Vargas, entre outros assuntos.
De acordo com ele, apesar das dívidas que herdou do governo anterior, terminou 2021 com dinheiro em caixa. “Nós pegamos o município com uma dívida de quase R$50 milhões, sem pagar os fornecedores. A gente não tinha crédito no mercado. E nós terminamos o ano com mais ou menos R$60 milhões em caixa, fora o dinheiro da CEDAE. Então eu consegui aumentar a arrecadação, fazer em um ano, com que o nosso município saísse do déficit, para ter dinheiro em conta, e isso foi muito importante. Foram muitas conquistas esse ano, onde tivemos que acertar primeiro a casa, pra depois começarmos com as ações de infraestrutura do nosso município”, avaliou Peixe.
Hospital e intervenção
Um dos assuntos abordados durante a entrevista foi sobre a intervenção no Hospital Regional Darcy Vargas. O prefeito disse que o Ministério Público recomendou que a ação fosse realizada, e caso ele não a fizesse, poderia responder na Justiça sobre o assunto.
“O ministério público fez uma recomendação e entrou com uma ACP (Ação Civil Pública), que se eu não fizesse a intervenção, eu responderia essa ação e isso poderia, lá na frente, ocasionar improbidade, e até mesmo (responder a um processo) criminal. (…) Tive que fazer essa intervenção. Eu tive que aceitar a proposta, porque senão eu ia responder, e eu não poderia responder pelo erro dos outros, porque a minha parte eu estava fazendo, que era pagar em dia, agora, a parte do hospital, não estava sendo feita”, ponderou.
De acordo com ele, “com a intervenção, nós estamos sendo referência. Hoje o estado consegue colocar dinheiro no município, e sabe quanto sai. Hoje, nós temos o controle de tudo que sai, tudo que entra, e nisso, o estado fica tranquilo com essa situação”.
O prefeito explicou que ainda não bateu o martelo se irá renovar o processo de intervenção ou se acabará em junho, quando completa um ano. “Faltam três meses. Eu tenho que chegar até o final porque o relatório já foi feito e eu estou aguardando um posicionamento se o Ministério Público já tem base de alguma ação contra os ex-diretores. Porque o que eu sei, é que são R$ 50 milhões, aproximadamente, de dívidas, de dinheiro público que o hospital deve. Se eu vender hoje o hospital, não se paga a dívida”, enfatizou.
Informatização e saúde
De acordo com Peixe, a Prefeitura irá passar por um processo de informatização em diversos setores, incluindo o da saúde. “Estamos modernizando a nossa Prefeitura, colocando pregão eletrônico, sistema de informatização, entrando com um processo para licitar porque a gente vai fazer toda a parte de informática da Saúde. Eu (o paciente) não vou precisar mais ir no posto de saúde, no centro de marcação (de exames) pra marcar, eu vou ter tudo pelo telefone, fazer consulta, marcar exame. Com o aplicativo, o paciente vai saber qual médico atende do lado da casa dele (no ESF)”, revelou.
E ele ainda deu mais detalhes de como o sistema funcionará. “Nós vamos implantar os agentes comunitários de saúde, vão ter também os tablets para atualizar o cadastro, para saber quais pessoas precisam verdadeiramente de um médico na casa deles, a pessoa que está acamada, que não tem condições. Eu fui eleito pra isso, pra fazer um governo diferente dos outros, e nós iremos fazer”, prometeu Leandro Peixe.
Lívia Louzada