PM acusado pela morte de homem em Realengo é preso em operação do MP; mandante seria ex-policial condenado por tráfico de armas

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O Policial Militar Bruno Marques Silva, conhecido como Bruno Estilo, foi um dos cinco presos nesta quarta-feira (14) durante uma operação do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (GAECO).

Bruno é apontado como um dos atiradores que mataram Neri Peres Júnior, conhecido como Alemão. O crime aconteceu no dia 4 de outubro de 2021, em Realengo, na Zona Oeste do Rio, por volta das 12h50. Neri foi morto com dezenas de disparos de fuzil e pistola, em um local de grande movimentação de pessoas.

As investigações realizadas pela Delegacia de Homicídios da Capital apuraram que o crime foi encomendado e pago pelo ex-PM Thiago Soares Andrade Silva, conhecido como ‘Batata’. A motivação para o assassinato seria por uma disputa pelo domínio de territórios explorados pela milícia, na Zona Oeste.

Além de Bruno, os procuradores do MP classificaram como executores do crime Rodrigo Oliveira Andrade de Souza e Anderson Oliveira Reis Viana, conhecido como ‘Papa’.

André Costa Bastos, conhecido como ‘Boto’, foi outro alvo da operação desta quarta. As investigações indicam que ele auxiliou os comparsas e forneceu armamentos para a execução da vítima.

De acordo com o MPRJ, Thiago determinou a execução aos comparsas Anderson, Bruno e Rodrigo, em troca de grande quantia em dinheiro. Em seguida, Rodrigo e Bruno ajustaram onde o crime seria cometido, sempre seguindo orientações de Anderson.

Os investigadores concluíram que o grupo tentou matar Neri em, pelo menos, quatro oportunidades. Todos os cinco envolvidos foram denunciados por homicídio qualificado. São eles:

  • Thiago Soares Andrade Silva (Batata);
  • Bruno Marques Silva (Bruno Estilo);
  • Rodrigo Oliveira Andrade de Souza;
  • Anderson Oliveira Reis Viana (Papa);
  • e André Costa Bastos (Boto).

Os mandados de prisão de Rodrigo e André foram cumpridos nas unidades onde estão presos.

Traficante internacional

O suspeito de ser o mandante do crime é apontado como um dos maiores traficantes de munição do Rio de Janeiro. Thiago foi preso em 2019, mas saiu da cadeia pela porta da frente em junho neste ano, menos de um ano depois de ser condenado a 22 anos e seis meses de prisão por chefiar uma quadrilha de tráfico internacional de armas e cartuchos.

Thiago, ou Batata, conseguiu o direito de cumprir a pena em casa. Em duas decisões tomadas em um intervalo de duas semanas. Em março deste ano, a Vara de Execuções Penais (VEP) concedeu progressão ao regime semiaberto e deu autorização para ele sair do presídio para trabalhar. Por fim, a VEP determinou que ele cumprisse a pena em prisão domiciliar, mediante a instalação de uma tornozeleira eletrônica.

Batata abandonou a Polícia Militar do Rio de Janeiro em dezembro de 2018. Desde então foi aberta uma investigação contra ele.

Crédito: g1.globo.com

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