Os municípios da Região dos Lagos do Rio montaram estratégias para eventual chegada do óleo que atinge o Nordeste. A primeira praia no Estado do Rio de Janeiro atingida pelo material foi Grussaí, em São João da Barra. Nesta semana, também foi confirmado que o óleo que chegou na Praia de Santa Clara, em São Francisco de Itabapoana, é compatível com o que já foi encontrado na costa do Nordeste e do Espírito Santo.
Em todo o país, o óleo já foi localizado em 724 localidades desde o dia 30 de agosto. O governo federal não concluiu as investigações sobre a origem do óleo. As investigações já apontaram que a substância é a mesma em todos os locais afetados: petróleo cru.
Segundo a Marinha, em Macaé foi montada uma base onde opera o Navio Patrulha Oceânico, que percorre as praias do litoral do Estado com o objetivo, de acordo com a Marinha, de alertar quanto ao surgimento de possíveis manchas de óleo afastadas da costa.
Até o momento, a Marinha informou que nenhuma mancha foi observada nas águas do estado. “Sempre que são encontrados resíduos são coletados e o local é limpo e esse material é enviado para análise para termos a confirmação se é mesmo originário do vazamento que atingiu o Nordeste e o Espírito Santo”, disse Walter Cruz, capitão dos Portos de Macaé.
Na Região dos Lagos, cidades como Arraial do Cabo, Cabo Frio, Casimiro de Abreu e Rio das Ostras também montaram equipes para monitorar as praias diariamente.
Veja o monitoramento por cidade
Arraial do Cabo
A Prefeitura de Arraial do Cabo informou que 30 agentes da Guarda Ambiental Marítima estão capacitados e equipados para atuar no primeiro momento, caso o óleo chegue em suas praias. Não houve registro do material até o momento.
A Secretaria do Ambiente também afirmou que já trabalha na capacitação de mais agentes e na aquisição de mais equipamentos de proteção individual.
Cabo Frio
Em Cabo Frio, a Prefeitura informou que agentes da Guarda Marítima e Ambiental (GMA) fazem o monitoramento diário em todas as praias do município a partir das 6h.
No Peró, quatro agentes estão especificamente na área certificada pela Bandeira Azul.
No mar, o monitoramento está sendo feito tanto pelos agentes da GMA quanto pelos pescadores da Colônia Z4. A Defesa Civil e a Secretaria de Meio Ambiente estão coordenando os trabalhos.
Segundo o município, foi elaborado um plano de contingência e emergência, com procedimentos a serem adotados pelos órgãos envolvidos direta ou indiretamente no monitoramento e resposta caso ocorra surgimento de óleo ou fragmentos no mar ou nas praias da cidade.
Os agentes dispõem de boias de contenção, embarcações, diluentes e concentradores de óleo. O objetivo é minimizar os impactos no meio ambiente.
Casimiro de Abreu
Em Casimiro de Abreu, o monitoramento do mar na praia de Barra de São João, ocorre três vezes ao dia. Até o momento, nenhuma substância foi encontrada, segundo a Prefeitura.
Rio das Ostras
Em Rio das Ostras, a Defesa Civil e a Coordenadoria de Proteção Ambiental participaram da capacitação de Gestão de Risco e Desastre relacionado a Derramamento de óleo na Costa Marítima, que foi promovida pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea/RJ).
Segundo a Prefeitura, os participantes aprenderam técnicas de avaliação do cenário emergencial, coordenação de ações para limpeza das praias e destinação ambiental adequada do resíduo recolhido, técnicas de identificação e recolhimento do óleo e cuidados com o manuseio.
No treinamento, também foram abordados diferentes tipos de cenários, de acordo com as características de cada praia e as técnicas que devem ser empregadas para a retirada dos diferentes tipos de resíduos oleosos.