O prefeito do Rio, Eduardo Paes, voltou atrás sobre decreto que incluiu táxis, shoppings e carros de aplicativo nos estabelecimentos e serviços que precisam exigir comprovantes de vacinação. Segundo ele, houve um exagero e na sexta-feira (3) um novo decreto vai ser publicado com o ajuste.
“O passaporte vacinal é um garantia pra que a cidade continue aberta. É a garantia de que o Rio vai voltar a funcionar, como voltou. Ele diminui o risco de transmissão e protege as pessoas do risco de morte. Eu assinei o decreto mas tem de ver a praticidade e efetividade de algumas medidas mesmo. Não adianta criar medidas que a gente sabe que ninguém vai cumprir”, disse Paes.
Para os demais locais, a regra de exigência do passaporte da vacina continua valendo.
A vacinação a ser comprovada deve corresponder à 1ª, 2ª dose ou a dose única, de acordo com o cronograma instituído pela Secretaria Municipal de Saúde do Rio em relação à idade do indivíduo.
Exigem o passaporte:
- bares, lanchonetes, restaurantes e refeitórios (áreas internas ou cobertas);
- boates, casas de espetáculos, festas e eventos em geral;
- hotéis, pousadas e aluguel por temporada;
- salões de beleza e centros de estética;
- academias de ginástica, piscinas, centros de treinamento, clubes e vilas olímpicas (já era exigido);
- estádios e ginásios esportivos (já era exigido);
- cinemas, teatros, salas de concerto, salões de jogos, circos, recreação infantil e pistas de patinação (já era exigido);
- museus, galerias e exposições de arte, aquário, parques de diversões, parques temáticos, parques aquáticos, apresentações e drive-in (já era exigido);
- conferências, convenções e feiras comerciais (já era exigido).
No Rio, toda a população de 12 anos ou mais precisa ter tomado a 2ª dose. No entanto, 600 mil pessoas não retornaram aos postos para tomar a segunda dose.
Comprovação
São considerados documentos válidos para a comprovação da vacinação, de acordo com a prefeitura:
- Certificado de vacinação disponível na plataforma Conecte SUS;
- Cartão de vacinação impresso em papel timbrado emitido pela Secretaria Municipal de Saúde do Rio, institutos de pesquisa clínica ou outras instituições governamentais do Brasil ou do exterior.
Multas
De acordo com a secretaria municipal de Saúde, nesses primeiros dias a prefeitura irá apenas orientar, mas, a partir da próxima semana, as multas começam a ser aplicadas para quem descumprir a determinação. O valor pode variar de R$ 2,3 mil a R$ 5 mil.
“O ideal é que os estabelecimentos já se programem para começar a exigência a partir de hoje. Mas é claro que a gente já sabe que será necessário um período de adaptação. Então, as fiscalizações nessa etapa inicial serão de caráter instrutivo. Começaremos a aplicar multas a partir da próxima semana”, explicou o secretário.