Rio registra aumento de 16% no registro de doenças respiratórias; confira recomendações para se prevenir neste inverno

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O inverno chegou e, com ele, o aumento no número de casos de doenças respiratórias. De acordo com a Secretária Estadual de Saúde (SES), a busca por assistência nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) do estado apresentou um aumento de 16,3% de síndromes gripais neste início de inverno comparado aos meses de maio e de junho de 2023. Enquanto isso, a cobertura vacinal no Rio segue baixa: apenas 37,84% do público-alvo foi imunizado até a primeira semana de julho.

Em levantamento feito pela Superintendência de Unidades Próprias e Pré-hospitalares, foram registrados, em janeiro e fevereiro deste ano, em torno de 4 mil casos de doenças respiratórias em UPAs pediátricas e adultas do estado do Rio. Nos três meses seguintes, novo avanço dos registros. Em março, foram 6.379 ocorrências; 9.428, em abril; e 11.112, em maio. O pico dos registros aconteceu em junho, com 12.924 casos de síndromes gripais.

A estudante Júlia Gracioli, de 20 anos, relata que já adoeceu durante o inverno deste ano. “Desde pequena tenho sinusite e rinite. No frio, sempre carrego meu remédio de nariz e garganta comigo”, disse. Ela ainda conta que muda seus hábitos durante esse período: “Tenho cuidado redobrado. Mantenho minha casa limpa e arejada, e evito frequentar ambientes fechados e empoeirados”, finaliza.

A médica pneumologista da Fiocruz, Patricia Canto Ribeiro, explica que o aumento de casos ocorre todos os anos durante esse período: “O inverno é a tempestade perfeita para o vírus: além do tempo frio, há o aumento da poluição e a diminuição da umidade relativa do ar, assim como da frequência de chuvas”.

Confira os cuidados recomendados para a prevenção de doenças respiratórias

Ambientes fechados e menos ventilados favorecem a transmissão de vírus. A Secretaria Municipal de Saúde recomenda evitar o contato direto com pessoas resfriadas e locais com grandes aglomerações, para prevenir essas infecções.

Em caso de contágio, as clínicas da família e centros municipais de saúde realizam os primeiros cuidados no atendimento aos casos, com acompanhamento da evolução do quadro.

Para o médico infectologista Ofélio Manuel, responsável técnico na Clínica da Família Milton Fontes Magarão, a vacinação é a melhor fonte de prevenção. Além da adoção dos protocolos respiratórios, que podem ajudar a controlar a disseminação das doenças.

“As vacinas são a melhor maneira de prevenir. Estudos têm associado à vacinação a redução das internações, mortes e complicações infecciosas, como pneumonias, sinusites, otites, entre outras. Além da vacinação, podemos destacar também a adoção de algumas medidas que auxiliam no controle da transmissão das doenças respiratórias, como evitar tocar os olhos, nariz e boca com as mãos contaminadas, proteger a face ao espirrar e a principal delas: a lavagem das mãos”, ressalta Ofélio.

Patricia alerta também para o risco da pneumonia. “A pneumonia bacteriana pode acometer pessoas com baixa de imunidade após contrair doenças respiratórias, é uma possível complicação da doença. É preciso manter hábitos de higiene durante esse período, como lavar as mãos, cobrir nariz e boca ao espirrar e evitar tocar o rosto, por exemplo”, destaca.

O vírus da influenza afeta todos os grupos etários, principalmente idosos e crianças. A doença pode provocar asma, bronquite, faringite, pneumonias, entre outros agravos. Os principais sintomas da gripe são: febre, mal-estar, dor de garganta, dor de cabeça, secreção nasal, prostração e tosse. Ela também aumenta o risco de infarto, Acidente Vascular Cerebral (AVC) e hospitalização.

A campanha foi aberta para toda a população em maio deste ano após baixa cobertura dos grupos prioritários. Até esta terça-feira (4), foram aplicadas 3.401.109 doses da vacina e apenas os indígenas aldeados conseguiram atingir a meta com mais de 90% de cobertura. Idosos (44,53%), trabalhadores da saúde (35,62%), gestantes (28,82%), puérperas (27,83%) e crianças (25,53%), que representam o grupos mais vulneráveis, com maior risco de adoecimento, hospitalização e morte, seguem longe do índice. A expectativa para este ano é imunizar 90% de cada um desses grupos (público-alvo), que corresponde a 6,7 milhões de pessoas.

“A vacina tem um papel determinante na redução das ocorrências, prevenindo hospitalizações, mortes e consultas ambulatoriais. A imunização também ajuda a reduzir a sobrecarga por atendimento na rede”, frisa o secretário de Estado de Saúde, Dr. Luizinho.

De acordo com dados da Federação Mundial do Coração de 2022, organização de defesa da saúde com sede em Geneva, na Suíça, o risco de infarto é dez vezes maior nos primeiros sete dias após contágio pela gripe, principalmente em pessoas a partir dos 65 anos de idade. Ao se vacinar, o risco de infarto cai em até 45%. Estudos também demonstram que a vacinação contra a gripe reduz o número de hospitalizações causadas por pneumonias e das mortes causadas por complicações da doença.

A vacinação contra covid-19 e gripe segue disponível na cidade de segunda-feira a sábado nas 237 unidades de Atenção Primária e, de domingo a domingo, das 8 às 22h, no Super Centro Carioca de Vacinação (SCCV), em Botafogo, que também oferece drive-thru para atender idosos e pessoas com mobilidade reduzida.

 

Crédito: odia.ig.com

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