O Centro Pediátrico Municipal Dr. Almir Branco, no Centro, como várias unidades de saúde da Região Metropolitana do Estado do Rio de Janeiro, vem sofrendo com a falta da vacina pentavalente. A Coordenadora de Imunização da secretaria de Saúde, Jane Lima, disse que Rio Bonito não recebe a carga de vacina necessária para fazer o atendimento à população há três meses. O último lote foi entregue pelo Ministério da Saúde no dia 15 de julho.
“A maior parte da demanda de vacinação é feita no Almir Branco. O Ministério da Saúde já vinha, no decorrer do ano, diminuindo a quantidade de vacina pentavalente para o município. Das 250 doses que recebíamos mensalmente, apenas cem foram entregues no dia 15 de julho, que duraram apenas dez dias. Desde então não recebemos mais nada”, explica Jane Lima.
A vacina pentavalante protege os bebês contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e doenças causadas por Haemophilus influenzae tipo B, ou Hib, bactéria que fica alojada na garganta ou no nariz das crianças e que pode causar doenças como otite, epiglotite, pneumonia e meningite. Destinada a bebês a partir de dois meses de idade, a vacina pentavalente está em falta em vários postos de saúde do Estado do Rio de Janeiro.
“Estamos recebendo ligações e visitas diárias de pessoas de Itaboraí, São Gonçalo, Tanguá, Saquarema, Araruama e Maricá que vem à procura da vacina. Infelizmente é um problema que está acontecendo em todo país, não somente aqui em Rio Bonito”, afirma a Coordenadora de Vacina.
Vacina – O Ministério da Saúde confirmou a falta do medicamento e explicou, em nota, que um lote com 3,5 milhões de doses da vacina foi reprovado em teste de qualidade feitos pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) e análise da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas que o problema já foi resolvido e a distribuição da vacina penta tem previsão de ser restabelecida ainda este mês.
“Nós conseguimos vacinar o nosso filho no início do ano, antes de acontecer a falta da vacina, e estamos mais tranquilos. Mas tem muitos pais que não tiveram a mesma sorte”, afirma o morador de Nova Cidade Renê Oliveira, que ao lado da esposa Beatriz Oliveira, levou o filho Arthur, de 10 meses, para tomar a primeira dose da vacina contra a febre amarela no Centro de Saúde Almir Branco.