“Não me senti bem fazendo aquilo”, revela acusado de matar e esquartejar estudante Matheusa

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O depoimento de Manuel Avelino de Sousa Junior, o ‘Peida Voa’, preso em 28 de maio deste ano acusado de matar e ocultar o corpo da estudante universitária Matheusa Passarelli em abril de 2018 no Morro do Dezoito, Zona Norte do Rio de Janeiro, foi divulgado hoje (2). No vídeo, Manuel relata com detalhes como acabou matando e esquartejando o corpo da estudante e afirma não ter se sentido bem depois do que fez. Ele foi preso em um edifício no bairro Piedade, também Zona Norte do Rio, onde estava trabalhando como porteiro depois de abandonar o tráfico de drogas.

“Não me senti bem fazendo aquilo”, relatou Manuel Avelino em um áudio registrado durante o depoimento. Em vídeo, ele inicia o relato contando que durante um ‘plantão’ na localidade da Granja, viu Matheusa andando desorientada e nua pela localidade durante a madrugada, por volta das 3h. Ele então abordou a jovem e disse que lhe ofereceria ajuda, porém, Matheusa teria reagido. “Não conseguia falar o nome, endereço, lugar onde morava nem nada. Eu falei que ia arrumar ajuda, só que ele não aguardou e reagiu tentando tirar o fuzil de mim, botando a mão no meu pescoço e me empurrando. Peguei a pistola e dei tiro nele. Um tiro de pistola e um tiro de fuzil”, confessou.

Segundo Manuel, a estudante não morreu na hora após ser atingida pelos disparos. Ele ainda deu detalhes de como acabou esquartejando o corpo de Matheusa, contando com a ajuda de outras duas pessoas. “Ele ficou agonizando ali por meia hora. Tive que amarrar [o corpo] com um fio e sair puxando até chegar no galão, cortar e queimar”, conta o acusado, que afirmou também que tinha intenção de socorrer a jovem e tirá-la da favela, mas que um gerente do tráfico teria ordenado que ele ocultasse o corpo. “Vieram me chamar atenção, mas se eu perco o fuzil você vai chegar, querer me cobrar e me matar. Não queria matar o cara”, disse Manuel.

Matheusa foi morta após ter saído de uma festa no Encantado, onde havia sido contratada para fazer uma tatuagem na aniversariante. Porém, ela teria se desesperado após a dona da festa desistir da tatuagem, já que, segundo amigos da estudante, que cursava Artes Visuais na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), ela passava por problemas financeiros e contava com o pagamento que receberia pela tatuagem. Ela chegou até o acesso do Morro do Dezoito depois de ter sido levada pela aniversariante até a porta da casa e a abraçado, tendo deixado sua bolsa e o seu celular no local.

Imagens de câmeras de segurança ao longo do trajeto de 1,6km percorrido por Matheusa foram analisadas pela polícia e confirmam a informação de que ela estava correndo nua nas ruas. Moradores também relataram que a estudante aparentava estar desorientada quando entrou na favela.

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O episódio foi na Rua Professor Plínio Bastos, em Olaria. Pastor nada sofreu.
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