“A expressão mais perversa da desigualdade de gênero.” Assim, a Comissão OAB Mulher da Seccional do Rio de Janeiro classificou os atos praticados pelo médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra, que estuprou uma paciente sedada durante o parto.
Por meio de nota oficial, o grupo reforçou a necessidade de uma postura austera por parte das autoridades e da sociedade para o combate a esse tipo de crime. “A Comissão OAB Mulher acompanhará todo o caso, cobrando e trabalhando junto às autoridades responsáveis no que lhe for cabível para que todas as medidas legais sejam adotadas”, destaca o texto.
A comissão também repudiou, com veemência, a exploração de imagens da mulher vítima pelos veículos de comunicação.
Leia a íntegra do texto:
Nota oficial
A Ordem dos Advogados do Brasil, através da sua Comissão OAB Mulher, vem manifestar sua total aversão aos atos de violência perpetrados pelo médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra a uma paciente sedada para o parto, no Hospital da Mulher de São João de Meriti.
Além disso, a Comissão OAB Mulher, com sua trajetória de trabalho na garantia de direitos e no combate a qualquer tipo de violência contra a mulher, indignada e estarrecida com mais este caso de estupro de vulnerável, repudia veementemente a exploração de imagens da mulher vítima de violência pelos veículos de comunicação.
A violência de gênero contra as mulheres é a expressão mais perversa da desigualdade de gênero e constitui um grave problema na sociedade, sendo a violência sexual contra vulneráveis um dos mais execráveis crimes que exige uma postura austera, não apenas por parte das autoridades, mas de toda a sociedade no seu combate.
São incalculáveis os danos sofridos pelas vítimas de abuso sexual e a exposição sensacionalista da vítima agrava ainda mais a situação. Cenas de total desrespeito e que ferem a dignidade da pessoa humana são divulgadas a despeito da preservação de direitos e respeito ao próximo.
Crédito: Fernanda Pedrosa – Assessoria de Imprensa OAB/RJ