Palavras de Avivamento – Padre Ortodoxo Eduardo Braga

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INVERTIDOS TEMPOS INVERTIDOS

A Palavra de Deus nos ensina que “existe um tempo para cada coisa debaixo do céu” (Eclesiástico 3). O que isso significa? Tudo na vida do ser humano tem o seu tempo determinado, existem fases e ciclos, e para tudo que se vive há um propósito, um motivo, um sentido. Não se deveria ‘queimar’ etapas na vida…

Nossos tempos não nos ajudam no processo do amadurecimento humano. Vivemos uma catástrofe moral. A humanidade desumaniza-se a cada dia. Muita tecnologia e pouca evolução humana.

Nos últimos dias, a exploração de crianças na internet gerou um intenso debate no Brasil após a questão da “adultização” dos menores. A adultização é como uma aceleração forçada do desenvolvimento infantil, fazendo com que as crianças adotem comportamentos ou responsabilidades que não correspondem à idade delas.

A questão é que crianças não possuem autonomia. Por trás delas existe uma família, adultos responsáveis e tutores. Tudo o que a criança faz é ‘inadequado’ quando o molde da adequação é o comportamento adulto. Faz sentido? Criança deve crescer e desenvolver-se como criança. Quem cuida dela é o adulto.

E, imaginemos agora, se estes adultos se “infantilizarem”? O uso das chupetas e dos bebês reborn podem ser sintomas desta inversão de fases.

Estudos revelaram que crianças submetidas à adultização têm mais chance de sofrer de ansiedade, depressão, dificuldade de socialização, falta de empatia, problemas no processo de aprendizagem e dificuldade de atenção. E no campo da sexualidade? O acesso a conteúdo pornográficos trazem prejuízos relacionados à autoimagem, à autoestima e ao risco de uma sexualização excessiva, sem falar na possibilidade da autolesão e o suicido.

Em contrapartida, pessoas cronologicamente adultas agem como crianças quando demonstram dificuldade excessiva de lidar com a autorregulação dos impulsos agressivos, com o adiamento dos desejos imediatos, com o não cumprimento de seus deveres básicos, quando são imaturos emocionalmente não conseguindo viver suas escolhas nem arcando com as consequências de seus atos…

São Paulo pode nos ajudar também. O Apóstolo ensinou, a partir de seu próprio exemplo: “Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança e raciocinava como criança. Quando me tornei homem, deixei para trás as coisas de criança” (I Cor 13:11).

Passar por todas as etapas do desenvolvimento, elaborar bem cada fase da vida sem adiantar, regredir ou pular etapas é viver plena e sabiamente.  Viver o momento presente pode tornar alguém mais emocionalmente saudável, mais inteiro, e com mais recursos e resiliência. Nem adultizar nem infantilizar. Serão sinais desta desordenada polarização que se vive atualmente? Nos ajude e oriente o Santo Espírito de Deus!

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