A Superintendência de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos, da Secretaria de Estado de Saúde, realizou na quarta-feira (30) o Seminário de Capacitação para o Programa de Profilaxia contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), que provoca pneumonia, bronquiolite e traqueobronquite em crianças. O evento teve como público-alvo médicos, enfermeiros, farmacêuticos e administrativos.
O objetivo da capacitação foi destacar a ação do imunizante feita pelo anticorpo monoclonal (Palivizumabe), o cadastro e o agendamento de pacientes. Outros assuntos também foram tratados, como o armazenamento, o preparo, a aplicação do medicamento e o sistema de informatização. Cerca de 100 profissionais participaram do encontro.
As infecções respiratórias agudas são importantes causas de morbimortalidade em pediatria. O risco de desenvolvimento da doença pelo vírus é alto, principalmente em crianças prematuras, com doença pulmonar crônica de prematuridade e cardiopatas. No Brasil, a prevalência do VSR em crianças menores de um ano é superior a 50% dos casos.
Para Suzete Henrique, superintendente de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos (SAFIE), cabe ao Estado a capacitação, a organização do programa e a definição do fluxo de distribuição do medicamento.
– Nosso propósito foi reunir os profissionais dos polos de aplicação e fornecer todas as informações necessárias para que eles possam usar o medicamento de forma adequada, evitando os agravos em crianças – ressaltou Suzete.
Sazonalidade do vírus
O período de sazonalidade do vírus para a Região Sudeste compreende os meses de março a julho. O medicamento Palivizumabe é administrado em doses mensais, no período de fevereiro a julho, com intervalo de trinta dias, no total de até cinco doses. Ele é fornecido pelo Ministério da Saúde.
Em 2018, foram imunizadas 927 crianças, consumindo aproximadamente 4 mil frascos do medicamento. Podem tomar o imunizante crianças com até dois anos de idade, desde que obedeça aos critérios de indicação.
A Secretaria de Saúde possui 16 polos de aplicação do anticorpo no estado, em sua maioria UPA, como as unidades de Copacabana, Campo Grande, Irajá, Nova Iguaçu e São Gonçalo. A previsão é de que o medicamento esteja disponível na segunda quinzena de fevereiro nos polos.