O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontou, através de um relatório, que o sargento reformado da PM Ronnie Lessa, apontado como o autor dos disparos que mataram a vereadora Marielle Franco, recebeu um depósito de R$ 100 ml em espécie em uma conta bancária, na boca do caixa, em 9 de outubro de 2018, sete meses após o atentado.
O relatório foi utilizado pelo Ministério Público para justificar um pedido de bloqueio dos bens do policial reformado e também do ex-PM Élcio Queiroz, suspeito de ser o motorista do carro envolvido no crime. A petição foi aceita pelo juiz Gustavo Kalil, da 4ª Vara Criminal.
O bloqueio pedido pelo MP seria para garantir o recebimento da indenização por danos morais e materiais às famílias das vítimas.
No pedido, o órgão também cita a lancha apreendida em Angra dos Reis que estaria no nome de um “laranja” de Ronnie Lessa, a casa do policial, em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, e os carros do policial, que incluem um Infiniti, avaliado em R$ 150 mil. O MP afirma que os bens são incompatíveis com a renda de um policial militar reformado.