Uma operação de abastecimento foi realizada, na manhã desta sexta-feira (5), para levar água para abastecer unidades de saúde de São Gonçalo e Itaboraí, Região Metropolitana do Rio, que são afetados pela falta d’água após a interrupção do abastecimento pelo sistema Imunana-Laranjal.
Um comboio com 10 caminhões-pipa passou pela Ponte Rio-Niterói em direção às cidades para as unidades de saúde por volta das 6h30. A concessionária Águas do Rio precisou fazer contato com a Polícia Rodoviária Federal para viabilizar a operação, já que a BR-101 é uma rodovia federal.
O sistema é responsável pelo abastecimento 1,7 milhão de pessoas. A operação especial, no entanto, não levará água para os moradores da região. Já são 48 horas com o sistema parado por causa da contaminação da água por um produto químico – o tolueno.
Por volta das 8h, a Cedae coletava material para fazer uma análise da água. A concessionária espera retomar o abastecimento ainda nesta sexta.
Água contaminada fez com que a Cedae interrompesse operação em sistema que abastece Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Maricá e Paquetá há 48 horas. Na manhã desta sexta, moradores dessas regiões denunciaram cobranças abusivas no valor de caminhão-pipa. Segundo eles, a cobrança está chegando a R$ 1,5 mil. No início da semana, o mesmo caminhão custava cerca de R$ 400.
As escolas municipais de São Gonçalo estão com as aulas suspensas. Em Niterói, a maioria das escolas estavam sem aulas nesta manhã.
A paralisação começou às 6h de quarta-feira (3), “em razão de alteração da qualidade da água bruta (ainda não tratada) no manancial de captação”, segundo informou uma nota conjunta da Cedae e do Instituto Estadual do Ambiente (Inea). O ramal da Cedae também atende Itaboraí, parte de Maricá e a Ilha de Paquetá, na capital.
Uma equipe de emergência do Inea tenta identificar a origem do poluente encontrado, um produto químico conhecido como tolueno.
A Cedae e o Inea afirmaram que não há risco de a substância chegar às residências, “porque a captação só será retomada quando a água estiver totalmente adequada para consumo humano”.
Corrida por água em Niterói
Em Niterói, muitos moradores começaram a procurar os supermercados para garantir um estoque de água suficiente para enfrentar o desabastecimento provocado pela paralisação do Sistema Imunana-Laranjal.
Diante do problema, a Prefeitura de Niterói divulgou um comunicado pedindo que os moradores do município economizem água até que o abastecimento seja normalizado.
“O abastecimento de água da cidade continua suspenso, devido à paralisação do Sistema Imunana-Laranjal, operado pela Cedae, e não tem previsão de retorno. Por isso, pedimos à população que economize água até que o abastecimento seja normalizado”, dizia o comunicado da prefeitura.
Muitos condomínios, empresas e prédios públicos também já estão alertando seus frequentadores para que tenham cuidado no uso da água. Alguns locais já estão prevendo um período de racionamento.
O que diz a Águas de Niterói
Em nota, a concessionária Águas de Niterói, responsável pela distribuição da água em Niterói, informou que o abastecimento em toda a cidade continua suspenso e sem previsão de retorno. A empresa reforçou que os clientes devem economizar água até que o abastecimento seja normalizado.“A concessionária esclarece que não há nenhum risco de a população da cidade ter recebido água imprópria para consumo. A Cedae interrompeu o sistema antes da captação da água ser contaminada e garante que a operação só será retomada quando a água estiver totalmente adequada para o consumo humano. Antes de chegar às residências, a água distribuída pela concessionária passa por rigorosos testes, que comprovam o atendimento a todos os parâmetros de potabilidade exigidos pelo Ministério da Saúde”
“Águas de Niterói segue acompanhando o processo de restabelecimento do sistema, incluindo as análises da água, controlando os reservatórios da cidade, e enviando comunicações aos clientes. Águas de Niterói está com 30 caminhões-pipa abastecendo os locais que prestam serviços essenciais”.
Fonte: g1.globo.comVeja também: Identificado o foco de vazamento que deixou cidades sem água e nos acompanhe nas redes sociais.