Com a proximidade do período de festas de fim de ano e férias, as rodovias recebem um fluxo maior de veículos. Nas viagens, muitas famílias optam por levar o bichinho de estimação. A prática é permitida, no entanto, há regras que devem ser seguidas para evitar multas e garantir a segurança e bem-estar do pet.
A concessionária que administra rodovias na região de Bauru deu dicas de como transportar os animais de maneira adequada nos passeios de longas distâncias. Segundo a empresa, o transporte correto dos pets varia de acordo com o tamanho e a espécie, mas os animais devem ser colocados sempre no banco de trás do veículo.
Para os cães maiores, os cintos de segurança adaptados funcionam bem. Segundo a médica veterinária Mariana Motta, de Bauru, o correto é utilizar as guias peitorais durante o transporte e jamais as guias de pescoço, pois em caso de acidente o animal poderá sofrer lesões graves e até morrer.
No caso de animais pequenos, como hamsters e pássaros, a recomendação é levá-los dentro da gaiola, presa com o cinto de segurança e coberta por um pano fino. Isso ajuda a diminuir o estresse do animal.
Outra observação da veterinária é evitar temperaturas altas dentro do carro. O calor dificulta a respiração do pet e ainda pode deixá-los estressados. Se o carro tiver ar-condicionado, a recomendação é deixá-lo ligado para manter uma temperatura agradável. Se não tiver, a orientação é deixar as janelas um pouco abertas ou viajar em horários mais amenos.
A alimentação do pet é outro ponto importante. A recomendação é procurar um médico veterinário antes da viagem para que ele possa indicar uma medicação contra enjoos e vômitos. “O ideal é que os animais possam comer e beber durante a viagem. Muitos têm medo do pet passar mal e sujar o carro, mas com medicação é possível evitar esse quadro”, afirma.
Paradas para descanso
Programar paradas rápidas durante a viagem pode reduzir o estresse do animal durante o trajeto. Segundo a veterinária, o recomendável é fazer paradas dentro de um intervalo aproximado de duas horas e meia para o pet fazer suas necessidades, beber água e caminhar um pouco, sempre usando a coleira.
No caso de gatos, que não andam de coleira, a melhor opção é deixá-los dentro da caixa de transporte e levar uma caixa com areia para que eles possam fazer as necessidades dentro do carro.
Mariana lembra ainda que nas viagens é sempre possível alguma fiscalização da Polícia Rodoviária. Por isso, é importante manter a carteirinha de vacinação atualizada, especialmente com a vacina contra raiva, que é obrigatória. Outro documento que é recomendado levar nas viagens é a Guia de Trânsito Animal (GTA), emitida pelos médicos veterinários.
Além de garantir uma viagem tranquila aos animais, os cuidados servem para evitar punições aos motoristas. Dirigir com animais soltos ou do lado de fora do veículo é proibido. Além de perigoso, é também infração de trânsito e passível de multa.
De acordo com o artigo 235 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), é proibido “conduzir pessoas, animais ou carga nas partes externas do veículo, salvo nos casos devidamente autorizados”. A infração é considerada grave, punida com 5 pontos na CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e multa no valor de R$ 195,23.
Já o artigo 252 diz que “dirigir o veículo transportando pessoas, animais ou volume à sua esquerda ou entre os braços e pernas” é infração média, punida com 4 pontos na carteira e multa no valor de R$ 130,16.
Crédito: g1.globo.com