Policiais civis da 78ª (Fonseca) prenderam uma mulher acusada de envolvimento no golpe do empréstimo consignado e um esquema criminoso especializado em fraudes eletrônicas contra idosos. Ela foi capturada, nesta segunda-feira (16/06), em São Gonçalo.
As investigações apontaram que a fraude consistia em comparecer às residências das vítimas, obter acesso aos aplicativos bancários nos celulares e vinculá-los a um aplicativo do INSS para abertura de conta e posterior solicitação de um empréstimo consignado.
Para enganar os idosos, a acusada e outras pessoas que fariam parte da quadrilha, alegavam que a visita seria para cadastramento em um programa que reduz o preço do gás de cozinha para famílias de baixa renda, quando, na verdade, o objetivo era operacionalizar o golpe financeiro.
Na ação desta segunda, em São Gonçalo, a mulher foi surpreendida pelos agentes momentos após acessar o celular da vítima para tentar finalizar a fraude. Ela foi encaminhada à delegacia e vai responder pelos crime de estelionato e organização criminosa.
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Durante as diligências, a acusada informou que foi colocada no esquema por uma amiga, moradora de Senador Camará, em Bangu, e que receberia pagamento proporcional aos valores obtidos nas fraudes. O contato com os responsáveis pela quadrilha foi intermediado pela autora, e as ordens passaram a ser dadas por um indivíduo, já identificado, que se apresentava com nomes falsos e determinava que ela também utilizasse identidade falsa.
A presa relatou ainda que recebia instruções por telefone de pessoas, que chamava de “gerentes” e que forneciam um celular com chip próprio e os dados das vítimas, sempre idosos, com vínculo ao INSS.
Diante da obtenção do endereço do escritório do crime, fornecido pela acusada, os agentes se dirigiram até Senador Camará, onde encontraram um imóvel recentemente esvaziado. Foram localizados diversos cartões de programas sociais, além de anotações manuscritas, que evidenciaram o planejamento e a execução das fraudes.
As investigações estão em andamento, com o objetivo de identificar todos os membros da organização criminosa e responsabilizá-los pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica, associação criminosa e outros que venham a ser apurados no curso do inquérito.

O titular da 78ª DP, delegado Gabriel Poiava, recomenda que as pessoas sempre desconfiem de abordagens incomuns. “Não dê acesso à sua residência a pessoas desconhecidas, e também não deixe me manuseiem seus dispositivos eletrônicos. Em caso de qualquer ação incomum, procure uma delegacia e registre a ocorrência”, afirma o delegado.
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