O ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, e mais sete pessoas setornaram réus sob a acusação de tentativa de golpe. A decisão, por unanimidade, foi tomada nesta quarta-feira (26) pelo Supremo Tribunal Federal (STF) após análise das denúncias da Procuradoria-Geral da República (PGR). Após a decisão da corte, Bolsonaro negou todas as acusações e disse: “Parece que tem algo pessoal contra mim”.
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Além de Bolsonaro, também sentarão no banco dos réus:
- Walter Braga Netto – general do Exército, ex-ministro e vice de Bolsonaro nas eleições de 2022;
- Augusto Heleno – general do Exército e ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
- Alexandre Ramagem – ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
- Anderson Torres – ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal;
- Almir Garnier – ex-comandante da Marinha;
- Paulo Sérgio Nogueira – general do Exército e ex-ministro da Defesa;
- Mauro Cid – delator e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro
A denúncia diz que Bolsonaro e os demais formam organização criminosa e aponta os crimes de organização criminosa, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima, e deterioração de patrimônio tombado.
Acusação

Essa é a primeira vez que um ex-presidente eleito é colocado no banco dos réus por crimes contra a ordem democrática estabelecida com a Constituição de 1988.
“Não há então dúvidas de que a procuradoria apontou elementos mais do que suficientes, razoáveis, de materialidade e autoria para o recebimento da denúncia contra Jair Messias Bolsonaro”, disse o relator do caso no Supremo ministro Alexandre de Moraes, referindo-se à acusação apresentada no mês passado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet.
Defesa
Após a decisão desta quarta-feira (26), Jair Bolsonaro declarou à imprensa que as acusações contra ele são “graves e infundadas”. “Eu espero hoje botar um ponto final nisso aí. Parece que tem algo pessoal contra mim. A acusação é muito grave, e são infundadas. E não é da boca para fora”.
Ele afirmou ainda que, enquanto presidente, pediu a desmobilização de movimentos que pediam intervenção militar no país e que colaborou com a transição do governo dele para o de Luiz Inácio Lula da Silva.
“Golpe tem povo, mas tem tropa, tem armas e tem liderança. Um ano, dois anos de investigação, não descobriram quem porventura seria esse líder”, declarou Bolsonaro.
*Com informações da CNN Brasil, Agência Brasil e G1
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