O futuro do estado do Rio de Janeiro já pode estar definido. Para quem ainda duvidava de que o imbróglio das pré-candidaturas para as eleições de 2026, que envolvia o alto escalão do governo do estado, iria se resolver, a resposta pode ter chegado no último dia 14, durante a reunião do Colégio de Líderes da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Durante o encontro, o presidente da Casa, Rodrigo Bacellar (União Brasil), confirmou que vai disputar as eleições para governador do estado em 2026.
Até então, o vice-governador Thiago Pampolha (MDB) estava sendo uma espécie de pedra no sapato de Bacellar, já que nenhum dos dois escondia a intenção de disputar a chave do Palácio Guanabara.
O governador Cláudio Castro (PL), em eventos recentes, também não escondeu que seu apoio seria do presidente da Alerj, caso a candidatura vingasse. Mas o que mudou nas últimas semanas foram as negociações e a abertura de uma luz no fim do túnel, que se chama Tribunal de Contas do Estado (TCE).
O órgão vai ficar com uma cadeira vaga, a do conselheiro José Maurício de Lima Nolasco, que se aposenta compulsoriamente no dia 19 deste mês, quando completa 75 anos. Nolasco ocupa uma vaga que é indicada pelo governador. O cenário ideal para a dança das cadeiras negociada é que Pampolha ocupe essa vaga no TCE, abrindo caminho para Bacellar em 2026. O problema disso para o vice-governador, é que a função apagaria qualquer intenção política de Thiago futuramente.
Outro ponto dessa negociação também envolve o governador Cláudio Castro. Ele deixaria o cargo em abril de 2026, prazo máximo para as eleições, para poder disputar uma vaga no Senado. Nesse caso, a intenção também seria manter o foro privilegiado, já que ele responde a uma série de processos.
Com a possível ida de Pampolha para o TCE, a vaga de governador cairia no colo de Bacellar, que encontraria o caminho livre e a visibilidade do cargo para se eleger como mandatário do estado.
Apesar de algumas informações darem essa dança das cadeiras como certa, o que responderá mesmo é o tempo, mas um tempo recente, já que a decisão da vaga do TCE tem que ser definida ainda neste mês de maio.
Por Lívia Louzada

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