Pouco vista na rede pública, a podologia ciência que estuda, previne e cuida dos pés é uma área da saúde oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e que é encontrada em Tanguá. Segundo a Secretaria de Saúde do município, além da cidade, apenas Macaé oferece o serviço através do SUS. O podólogo, profissional que exerce a função, impede que pacientes com diabetes sejam muitas vezes internados por complicações da doença causadas as vezes por uma unha mal cortada.
De acordo com o secretário de Saúde de Tanguá, Rodrigo Lopes, desde que foi implantada no município, já foram realizados mais de mil atendimentos.
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“O serviço de podologia municipal é inovador e me orgulha muito. No estado do Rio de Janeiro, somente dois municípios tem esse serviço oferecido pelo SUS, Macaé e Tanguá. Esse trabalho já melhorou a qualidade de vida de muita gente. E lá trás, quando eu e o prefeito Rodrigo Medeiros pensamos em trazer a podologia para Tanguá, era esse o objetivo, disponibilizar o que há de melhor no serviço público para os moradores”.
E pelo jeito o objetivo está sendo alcançado. A paciente Rosa Maria Cassimiro, que é diabética, disse que trata dos pés com a podóloga da rede pública, Maria Orminda, há mais de um ano.
“Comecei aqui há mais de um ano e estou gostando muito. Não conseguia nem cortar a unha em casa direito porque as pernas já estão duras e não alcançava o pé. Agora eu venho aqui e (o tratamento realizado) está me ajudando”, disse a paciente.
De acordo com a podóloga, esse também é um trabalho de autoestima com os pacientes, já que muitos têm vergonha dos pés pois não conseguem cuidar deles, um perigo para os diabéticos.
“O trabalho de podologia para pé de diabético é um trabalho voltado para a prevenção. A gente cuida não só do pé, mas da cabeça também, pois muitas vezes eles se sentem envergonhados por não terem como tratar. Esse é um serviço que não é barato, então a rede pública oferecendo esse tipo de trabalho para o paciente diabético, levanta a autoestima dele, com isso, há a melhora da glicose, e assim pode ser evitada uma internação por conta de uma unha mal cortada, por exemplo ou ocasionalmente uma amputação”, explicou Maria Orminda.