Um produtor de café se surpreendeu ao colher uma mandioca de formato parecido com o de uma pessoa no seu sítio em Alto Rio Novo, no Noroeste do Espírito Santo, na quinta-feira (16). Roberto de Souza Teixeira contou ao g1 que a mandioca tinha quase 1,70 metro de comprimento e pesava aproximadamente 20 quilos.
O agricultor do distrito de Vila Palmerino foca na produção de café conilon, mas tem mais de dez pés de mandioca de três a quatro qualidades diferentes plantadas para consumo próprio.
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Com 43 anos de idade e 25 de atuação na área, ele nunca tinha colhido um tubérculo assim.
O g1 conversou com um engenheiro agrônomo, que explicou alguns fatores que podem ter relação com o crescimento de mandioca “diferentes” (leia mais detalhes ao longo da reportagem). São eles:
- A genética;
- O tempo de demora para a colheita;
- Forma de cultivo da mandioca;
- Espaçamento na plantação entre um tubérculo e outro.
Roberto de Souza Teixeira achou o tubérculo tão curioso que tirou uma foto e postou nas redes sociais, o que gerou vários comentários, como “Parece que está abraçando uma mulher” e “Tirou um manequim da terra”.
“Eu mostrei para o meu filho, que também achou engraçado, e eu sempre posto a minha rotina na roça. Mandei a foto para um amigo meu e aí muita gente começou a mandar mensagem, comentar a foto, dizendo que a mandioca tinha cintura de mulher”, brincou.
Mas o tamanho não fez com que o tubérculo fosse parar na panela.
“A mandioca estava meio velha porque a gente demorou para colher. Então, depois que eu tirei a foto, acabei quebrando tudo e dando para as galinhas. Mas se estivesse nova, com certeza ia fazer mandioca pra comer com torresmo”, afirmou o produtor.
Formatos e tamanhos diferentes
Não é a primeira vez que produtores do estado encontram mandiocas pesadas ou, então, muito compridas. Em 2023, um casal colheu um tubérculo com mais de 2,6 metros no quintal em Jaguaré, no Norte do Espírito Santo.
No mesmo ano, um morador colheu uma mandioca com 25 quilos no quintal de casa na Serra, na Grande Vitória. Por ser tão grande e pesada, Edmilson Caldeira Dias precisou da ajuda de um carrinho de bebê para tirar o tubérculo do local.
Na mandioca colhida pelo produtor, o engenheiro pontuou que as raízes do tubérculo podem ter aumentado devido ao tempo de espera para colheita e o espaçamento dado entre uma e outra.
“O que a gente observa nesse material é que a planta emitiu poucas raízes, e o número reduzido delas fez com que todo o acúmulo de reservas fosse direcionado para essas poucas raízes, fazendo com que ela tenha um tamanho maior e se aprofunde mais no solo, absorvendo os nutrientes. A idade da planta faz diferença. Se colher ela com dez meses, ela ser mais saborosa. Se esperar mais tempo, uns 12, 14 meses, ela vai aumentar a produtividade por hectare e aumenta o peso e o tamanho porque ela está acumulando mais reserva”, destacou.
Crédito: Viviane Lopes, g1 ES
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