As praias da Barra de Maricá receberam um visitante ‘fofinho’ no último sábado (24) e ontem, segunda-feira (26). O mesmo lobo-marinho que esteve na praia de Camboinhas, em Niterói, na última semana, apareceu nas areias de Maricá, nas praias da Barra de Maricá e de Itaipuaçu. O animal, um mamífero, tem 1,4 m e foi atendido por uma equipe do CTA – Serviços do Meio Ambiente, acionados pela Secretaria de Cidade Sustentável, da Prefeitura de Maricá. O local foi isolado pelo CTA para evitar que curiosos se aproximassem do bicho.
Também estiveram no local para avaliação do animal a Guarda Ambiental e o Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Bioindicadores (Maqua) da Faculdade de Oceanografia da Uerj. De acordo com as equipes, o lobo-marinho apresenta bom estado de saúde, necessitando apenas de descanso. “Após avaliações, foi constatado que o animal não tem nenhum sinal de ferimento ou doença que necessite de resgate, precisa apenas de descanso”, explica a veterinária do Maqua, Joana Ikeda.
“Eles se deslocam em grandes distâncias e chegam bem exaustos, então precisam parar nas praias para descansar e retornar. A gente só limita um espaço para as pessoas não atrapalharem e não ter riscos de acidentes com o animal, que pode reagir de forma agressiva com a aproximação”, informou a especialista. Segundo ela, o lobo-marinho, natural da região subantártica, foi trazido até o litoral fluminense por uma corrente marinha.
Ainda segundo especialistas, o bichinho é recorrente em toda a costa brasileira, especialmente no inverno, onde costuma ser visto no litoral do Estado do Rio. Também ocorre de lobos-marinhos jovens se perderem de suas colônias e saírem em busca de alimento por grandes distâncias. A recomendação é que se mantenha distância do animal, já que se trata de um animal selvagem e que possui dentes, podendo ser estressado ou ferir alguém.
De acordo com Joana Ikeda, o lobo-marinho tem como predadores os tubarões e as orcas, mas o impacto do ser humano no meio marinho é o que mais tem afetado a existência da espécie. “Atividades pesqueiras, lixo marinho, poluição ambiental e mudanças climáticas representam a maior ameaça aos animais”, ressalta.
Caso alguém encontre algum animal marinho, seja ave, tartaruga ou mamífero, que esteja em alguma praia, morto ou vivo, a recomendação é que se entre em contato com o CTA por meio do telefone 0800-009-5444.