Execução de jornalistas em Maricá fazem Brasil subir em ranking de países mais perigosos para profissão

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As mortes de dois jornalistas em Maricá, no interior do Rio, em menos de um mês, levaram o Brasil a ocupar a 4ª posição de países mais perigosos para profissionais da área no primeiro semestre deste ano. Ao todo, 38 jornalistas morreram em 20 países neste período. O ranking foi divulgado na quinta-feira (4) pela ONG Campanha Emblema de Imprensa (PEC).

  1. México – 9 mortes
  2. Afeganistão – 6 mortes
  3. Paquistão – 4 mortes
  4. Brasil e Colômbia – 2 mortes

No mesmo período do ano passado, 66 jornalistas morreram em 22 países. Na ocasião, o Brasil apareceu na 7ª posição, com três mortes. Veja o ranking de 2018.

  1. Afeganistão – 11 mortes
  2. México – 8 mortes
  3. Síria – 7 mortes
  4. Estados Unidos da América (EUA) – 6 mortes
  5. Iêmen – 5 mortes
  6. Índia – 4 mortes
  7. Brasil – 7 mortes

Crimes em Maricá

Robson Giorno era dono do jornal O Maricá e pretendia ser candidato a prefeito nas eleições municipais do ano que vem — Foto: Reprodução/Facebook
Robson Giorno era dono do jornal O Maricá e pretendia ser candidato a prefeito nas eleições municipais do ano que vem — Foto: Reprodução/Facebook

Imagens divulgadas pela Polícia Civil mostram o momento em que o jornalista entra no carro que estava estacionado e, em seguida, um homem corre até o local, abre a porta do veículo e dispara várias vezes contra a vítima.

Romário da Silva Barros tinha 31 anos e foi morto a tiros em junho — Foto: Reprodução / Facebook / RomarioBarrosOficial
Romário da Silva Barros tinha 31 anos e foi morto a tiros em junho — Foto: Reprodução / Facebook / RomarioBarrosOficial

Nesta quarta-feira (3), a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) se manifestou denunciando e condenando o assassinato de Romário. Na nota, a diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay, pediu o fim da impunidade, lembrando que a Declaração Universal dos Direitos Humanos “reconhece a liberdade de expressão como um direito humano fundamental”.

A mulher de Romário, Islay Monnerat, disse que: “Se ele morreu por conta do jornalismo, ele morreu feliz. Era o que ele amava”.

Investigação

Os dois crimes são investigados pela Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí. Nesta quinta-feira (4), questionada se alguém foi preso, se as mortes dos jornalistas têm relação e se a motivação dos crimes foi descoberta, a Polícia Civil disse que ainda não há informações a serem divulgadas.

Instituições repudiam crimes

Diversas instituições que defendem a classe jornalística se manifestaram contra os crimes ocorridos em Maricá. A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) emitiu uma nota pedindo celeridade na investigação.

O Programa Tim Lopes, da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), acompanha as investigações e apura se as duas mortes são retaliações e têm relação com a profissão da vítima. A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) também se manifestou sobre os assassinatos. “Assim como o assassinato de Robson Giorno, é evidente que Romário também foi vítima de um crime premeditado, configurando uma execução”.

Fonte: G1

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