Funcionária responsável por queimaduras em bebê responderá pelo crime de lesão corporal

às

A Polícia Civil confirmou que a funcionária responsável pelas queimaduras na menina Juliana Duarte Anastácio, de seis meses, será investigada pelo crime de lesão corporal culposa. O caso ocorreu no CTI do Hospital Municipal Getúlio Vargas Filho (Getulhinho) no Fonseca, em Niterói.

O fato ocorreu na última terça-feira (18), quando a mãe da criança viu que sua filha tinha queimaduras da cintura para baixo em seu corpo. Os pais da menina acreditaram, anteriormente, que as queimaduras poderiam ter sido o resultado de uma manta térmica que pode ter sido esquecida sobre o corpo da criança, hipótese que foi descartada pela polícia. Desde então, o caso segue em investigação na 78ª DP (Fonseca).

O delegado titular da DP que está investigando o caso, Luiz Jorge Rodrigues, informou ao jornal O Dia, algumas atualizações sobre as investigações. Primeiramente, que as queimaduras podem ter sido resultado de um banho quente, que foi a primeira hipótese levantada pelos pais da menina, antes de pensarem em uma possível manta térmica. “Foi realizada uma perícia no local e o especialista apontou que, pela dinâmica, a criança foi imersa numa bacia e jogada água nela”, afirmou ele.

O delegado ainda afirmou que a direção do Getulinho também pode ser responsabilizada pelo caso, já que demorou muito a informar sobre o ocorrido. O delegado contou que soube do caso pelos jornais e que a unidade de saúde, em nenhum momento, entrou em contato com a polícia para relatar o ocorrido.

Na última segunda-feira (24), o Getulinho informou que a funcionária envolvida no caso foi afastada do hospital. “Vale ressaltar ainda que a direção do hospital, equipe médica responsável pelo tratamento da paciente, psicólogos e assistentes sociais se reuniram com a família em diversas ocasiões nos últimos dias. Foi também oferecido apoio psicológico para a família”, informou a nota da unidade de saúde.

Relembrando – Juliana Duarte Anastásio sofre com meningite e microcefalia e, desde que nasceu, precisa fazer visitas constantes ao hospital. No dia 18 deste mês, sua mãe foi visitá-la e viu que a menina apresentava queimaduras da cintura para baixo em seu corpo. No início, os familiares da bebê acharam que as queimaduras poderiam ter sido o resultado de um banho quente ou de uma manta térmica que foi esquecida sobre o corpo da criança. Mas, os policiais descartaram a segunda hipótese e acreditam que foi um banho quente. A avó de Juliana chegou a dizer que a menina não teria ao menos conseguido chorar.

Após o ocorrido, Juliana sofreu uma parada cardíaca e os médicos precisaram dar adrenalina para o coração dela voltar, além de um outro medicamento para acelerar os batimentos cardíacos da criança e controlar a situação da bebê.

O que se sabe até agora é que a bebê vai precisar passar por uma série de cirurgias plásticas daqui alguns anos e que o tratamento será longo. A família de Juliana também busca por justiça e pede o esclarecimento sobre a negligência do Getulinho.

Veja também

Na próxima quinta-feira (10/10), a Casa de Cultura Heloísa Alberto Torres (CCHAT), no Centro, abre as portas para a exposição
às

Deixe aqui sua opinião

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.

Últimas Notícias