O governador Cláudio Castro (PL) reuniu representantes de todos os municípios em uma coletiva nesta quarta-feira (16), para detalhar o rateio dos R$ 22,689 bilhões arrecadados com o leilão da privatização da Cedae. Os 28 municípios que aderiram ao plano de concessão dividirão R$ 7,688 bilhões. Já o estado ficará com R$ 14,478 bilhões. A verba será paga em três parcelas: em 2021, 2022 e 2025. Os recursos são divididos de forma proporcional às populações.

O governador afirmou que este é o maior investimento socioambiental já realizado no Estado do Rio de Janeiro e que terá um impacto positivo diretamente na implantação e distribuição dos serviços de água e esgoto. Segundo ele, cada município terá liberdade para o investimento. Durante a apresentação do projeto aos prefeitos, o governador anunciou que criará uma “plataforma de transparência” para monitorar “cada centavo” gasto com os recursos associados às concessões de saneamento.

“Este é um momento histórico para nossa cidade. Trazer desenvolvimento, saneamento básico e infraestrutura através de recapeamento do asfalto, as estradas vicinais, onde não só os agricultores e moradores do campo, mas toda a população possa ser beneficiada”, disse o prefeito Leandro Peixe.

Os Investimentos – O plano prevê R$ 27 bilhões para universalizar o saneamento básico em 12 anos. A meta é ter, até 2033, 99% da população com acesso à água. Segundo a previsão do plano, a coleta e o tratamento de esgoto devem atender 9,3 milhões de fluminenses até 2033. Segundo o governo do estado, atualmente são despejados diariamente 223 milhões de litros de esgoto nos rios e bacias fluminenses.

Com a previsão de 90% de tratamento de água e esgoto até 2033, pelo menos 201 milhões de dejetos deixarão de ser despejados nos rios e bacias. Outros impactos incluem o setor de empregos: as obras devem gerar quase 24 mil empregos diretos e indiretos. Estão previstos R$ 126 bilhões de investimentos na economia em 35 anos, além de R$ 935,7 bilhões movimentados em diversos setores.