Após uma década de abandono o Museu Antônio Parreiras (MAP) conseguiu vaga na UTI. As obras de restauração e modernização do espaço, no Ingá, que está fechado desde 2012, serão realizadas em duas etapas com orçamento previsto de mais de R$ 7 milhões. Atualmente está em finalização o Termo de Cooperação Técnica com a Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro (Emop), que ficará responsável pela contratação das obras e projetos. Com exclusividade para A TRIBUNA o presidente da Fundação Anita Mantuano de Artes do Estado do Rio de Janeiro (Funarj), José Roberto Gifford, detalhou as etapas desses processos.
Ele explicou que a próxima etapa está prevista para ser executada em 10 meses, a partir do início das obras, que envolve a restauração da residência e modernização dos serviços. “As obras serão retomadas e serão realizadas em duas novas etapas, em prosseguimento ao executado na fase anterior”, frisou.
Segundo Gifford, essas obras incluem climatização e a construção do anexo com projeto executivo aprovado pelo IPHAN, orçadas em R$ 5.136.619,56, com recursos próprios e que já estão garantidos pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro. Ao mesmo tempo vai ser desenvolvido o projeto executivo de restauro e modernização do Atelier e da Villa Olga. Além da reforma do jardim histórico. “Vamops executar um projeto de acessibilidade de forma integrada, que já tem o projeto básico aprovado pelo IPHAN, estimado em R$ 500 mil”, explicou José Roberto.
Desde que foi fechado o MAP vem padecendo com o descuido. O portão principal está fechado com um cadeado e enferrujado, parte de uma janela tampada com um tapume, é possível ver infiltrações nas paredes e a parte externa dos jardins está com muita vegetação sem ser cuidada.
Essa primeira parte tem previsão de conclusão daqui um ano. Gifford contou ainda sobre a segunda parte do projeto, que tem previsão para dois anos e custo estimado em cerca de R$ 2 milhões. “A última etapa é a execução do projeto dos outros dois prédios, situados na parte alta do terreno, os jardins e a acessibilidade”, finalizou.
HISTÓRIA
O artista Antônio Parreiras nasceu em Niterói em 1860 e morreu em 1937. O museu em sua homenagem foi projetado pelo arquiteto Ramos de Azevedo e inaugurado em 21 de janeiro de 1942, sediado na antiga residência da família do pintor. Foi o primeiro museu de arte do Estado do Rio de Janeiro e é o primeiro espaço brasileiro dedicado a um artista. Abriga o acervo Antônio Parreiras, coleção de arte brasileira dos séculos XIX e XX e coleção de arte estrangeira dos séculos XVI, XVII, XIX e XX.
De acordo com o Governo do Estado a coleção forma um expressivo panorama temático ligado à pintura de paisagem, pintura de gênero, retratística, nus – em especial, femininos – e pintura histórica.
Crédito: ATribuna