Policiais civis da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) prenderam Geraldo Pablo Santos Monsão, nesta quarta-feira, por suspeita de incendiar a casa da ex-mulher e matar a filha dela de 11 anos, em Senador Camará, na Zona Oeste do Rio. Segundo a especializada, ao tomar conhecimento de que estava sendo procurado, ele se apresentou na 35ª DP (Campo Grande). O crime aconteceu na madrugada do último sábado.
De acordo com a DHC, a menina Richelly Gonçalves estava sozinha em casa no momento do crime. Ela foi socorrida por vizinhos e encaminhada para o Hospital Municipal Albert Schweitzer, mas já chegou sem vida. O corpo da criança foi enterrado nesta quarta, no Cemitério do Murundu, em Realengo, também na Zona Oeste.
Ao ‘RJTV2’, da TV Globo, Jheniffer Cristine Ferreira, irmã da menina, disse que a mãe não estava na residência, quando Geraldo Pablo chegou. “Acredito que tenha sido por que ele já foi com intenção de fazer alguma coisa. E no caso, era minha mãe. E minha mãe não tava em casa, ela tinha saído pra comprar um lanche. E aí a única pessoa que ele encontrou foi minha irmã”, relatou a jovem, que pediu justiça:
“O que eu quero mesmo é que aconteça justiça. Que ele não seja mais um desses casos que entram para estatística. Eu não quero isso. Não quero que ele só tenha feito e daqui a pouco esteja solto caminhando pela rua por bom comportamento. O que ele fez foi muito grave e muito sério. Ele tem que pagar por isso”.
De acordo com o delegado adjunto da DHC, Pedro Casaes, responsável pelo caso, ele era violento e já agrediu a mãe de Richelly quando eram casados.
“Ele admitiu que já deu facadas nela e que não foi feito registro. Então ele tinha esse histórico de ser muito agressivo e muito ciumento. Ele já tinha ameaçado ela e a ameaça era de que ele iria machucar onde mais doía nela, que era a filha. Ele tinha total consciência que a filha estava dormindo. Ele viu, ateou fogo e fechou a porta para que ela não tivesse chance de sobreviver”, disse Pedro Casaes.
Eles ficaram juntos por um ano, mas o relacionamento chegou ao fim há alguns meses. Os vizinhos contaram que Geraldo Pablo não aceitava a separação. Segundo a Polícia Civil, ele tem duas anotações criminais por violência doméstica, uma em 2019 e outra em 2009, quando era menor de idade.
Crédito: Jornal O Dia