Nas últimas semanas, o nome do morador de rua Givaldo Alves de Souza, acusado de ter tido relações sexuais com a esposa de um personal trainer no Distrito Federal, viralizou. Ele deu entrevistas falando sobre o tema e ficou conhecido pelas ruas e pela mídia. Com a fama, surgiram também alguns rumores contra ele. Um desses rumores circulou em grupos de WhatsApp e páginas de perfis em redes sociais e afirmava que Givaldo seria um empresário falido que responde judicialmente por 105 processos, incluindo uma medida protetiva contra uma ex-esposa. Esses rumores, no entanto, são falsos.
Após essas acusações contra o morador de rua ficarem mais fortes, o site Metrópoles, em conjunto com o boatos.org, verificou que sim tanto o empresário quanto o mendigo possuem o mesmo nome, no entanto, os CPFs são diferentes. Na internet, a única informação que tem sobre o Givaldo morador de rua que é do CPF dele é a participação em um concurso público. O Givaldo que respondeu a mais de 100 processos e é empresário tem um CPF diferente do morador de rua, ou seja, é outra pessoa. Portanto, essa se torna mais uma fake news espalhada sem a devida checagem dos fatos.
O Givaldo empresário de fato é dono de uma transportadora e deve ex-funcionários e a prefeitura de São Paulo, mas ele não tem nada a ver com o morador de rua que foi flagrado na situação que se relaciona com a esposa de um personal trainer.
Nas redes sociais, tem circulado imagens de Givaldo morador de rua com a informação dos 105 processos judiciais. As imagens podem realmente ser do morador de rua, ou não, mas a informação de fato não confere.
Não é de hoje que é necessário checar as informações compartilhadas nas redes sociais. Essa é mais uma fake news, como diversas por aí, que muita gente levou à sério. Quem criou essa história não se deu ao trabalho de checar o CPF do morador de rua e o do empresário para saber se era o mesmo número, verificou apenas pelo nome, sendo que sobrenomes comuns podem se repetir constantemente pelo Brasil.