O juiz da 4ª Vara Criminal de Nova Iguaçu condenou a mais 21 anos de prisão em regime fechado o homem que em 2014 ficou conhecido como o Matador da Baixada. Desta vez Sailson José das Graças, foi condenado pela morte de Raimundo Basílio da Silva, ocorrida em 2014. No início de fevereiro, Sailson foi condenado a 30 anos de prisão por outro homicídio.

No julgamento, que começou na segunda-feira (27) e só terminou no início da noite de terça-feira (28), a namorada de Sailson, Cleusa Balbina de Paula também foi condenada pela participação na morte de Raimundo.

Em denúncia ajuizada pelo Ministério Público em 2017, na madrugada de 30 de novembro de 2014, Sailson e Cleusa foram à casa da vítima e a atacaram com golpes de faca. A vítima tinha 13 perfurações pelo corpo. O assassinato teria ocorrido porque Cleusa teria dito a Sailson que a vítima teria tentado lhe estuprar.

De acordo com a acusação, Cleusa participou diretamente do crime ao dar o para a compra da arma do crime – um facão – e acompanhando o Matador da Baixada até a casa da vítima. Ela também ficou vigiando o local, durante o assassinato.

Segundo o promotor de Justiça Bruno de Faria Bezerra, as teses da defesa técnica de Sailson foram rechaçadas pelo conselho de sentença.

Outras condenações

Sailson já foi condenado a 84 anos e oito meses de prisão por alguns dos crimes que cometeu. No dia 1º de fevereiro, ele e Cleusa foram condenados a 30 anos de prisão em regime fechado pela morte de Paulo Vasconcelos. A vítima também foi morta a facadas em dezembro de 2011 por causa de uma dívida de R$ 40.

Em janeiro de 2021, Saílson foi condenado a 16 anos e quatro meses de prisão por outra morte, a de Francisco Carlos Chagas. A sentença foi proferida pelo juiz Carlos Gustavo Vianna Direito, da 1ª Vara Criminal.

Em 2017, Sailson havia sido condenado a 17 anos e 4 meses de prisão pela morte de uma das vítimas: Marilene de Oliveira Silva. Essa foi a primeira sentença do acusado, que ainda responde na Justiça por 4 homicídios e 4 tentativas. Sailson estava preso desde dezembro de 2014.

Sailson chamou atenção das autoridades e da população pela forma como ostentava suas vítimas. Para a polícia, ele disse ter matado 42 pessoas, mas o delegado Marcelo Machado, um dos responsáveis pelas investigações na época, diz que o número é fantasioso.

Atualmente, ele é réu em oito processos. Exames médicos anexados aos processos atestaram que ele não é doente mental. Todos os crimes ocorreram em Nova Iguaçu, nos bairros de Santa Rita e Corumbá.

Crédito: g1.globo.com