Neste sábado, dia 4, a Ponte Presidente Costa e Silva, mais conhecida como Ponte Rio-Niterói, comemora 49 anos. Desde sua inauguração, a rodovia coleciona histórias. Centenas delas já foram contadas em outros aniversários. Mas duas são dos últimos 12 meses: no ano passado, a via serviu de sala de parto, pouco antes de um grande navio abandonado se chocar contra a estrutura e ganhou destaque no noticiário nacional.
Antes da ponte, cuja construção levou mais de seis anos, a travessia entre o Rio e Niterói era feita por via marítima ou por Magé, em uma viagem terrestre de mais de cem quilômetros. O projeto foi idealizado por Mário Andreazza, ministro dos Transportes na época, e assinado em 1968 por Arthur da Costa e Silva. A ponte foi batizada com o nome do presidente. A via sobre a Baía de Guanabara tem 13 quilômetros de extensão e é a maior ponte sobre águas do Hemisfério Sul. O vão central tem 300 metros de comprimento e 72 metros de altura.
Os dados técnicos são lembrados a cada parabéns, mas as últimas ocorrências mostram que a rotina da rodovia pode ser surpreendente, para o bem e para o mal. Na madrugada de 20 de julho de 2022, a gestante niteroiense Mayara Lara Torres, moradora de Itaipu, estava indo para a maternidade, no Flamengo, no Rio, com o marido, Sandor Salvaya da Silva e Silva, quando as contrações se intensificaram. O parto aconteceu dentro do carro, no meio do trajeto. O pequeno Noah Lara Salvaya nasceu pesando 3,6 quilos e medindo 53 centímetros e ficou conhecido como o “bebê da ponte”.
Crédito: O Globo
Foto: Hermes de Paula / 2016