Uma simples, porém emocionante homenagem marcou a comemoração pelos 163 anos de aniversário de nascimento do patrono do Município de Silva Jardim, o republicano e advogado Antônio da Silva Jardim, no último dia 18/08. O evento, no Espaço Cultura e Lazer, contou com o cântico do “Hino ao Patrono”, recém-aprovado pela Câmara Municipal para apresentações em solenidades cívico-escolares oficiais no Município. Apresentações, ainda, de textos alusivos à vida e obra do homenageado, literatura de cordel de Ronalt Aguiar Santiago, e coreografia do grupo da Geladeira Cultural de Varginha, coordenado por Val Nascimento, além de números musicais com Leandro Moraes, Diego Bensa, Débora Lia e Waldson.
Participação, ainda, da historiadora e artesã Mary Lopes, que falou sobre um livro quase inédito de Antônio da Silva Jardim o qual ela pretende reeditar. Ela também fez o cerimonial do encontro. O grupo de crianças e adolescentes levado por Val Nascimento apresentou um diálogo entre dois personagens caracterizados como Antônio da Silva Jardim e a sua mulher, Ana Margarida, além de uma dança sobre as belezas naturais do Brasil.
O Cordel e o texto alusivo à vida de Silva Jardim foram lidos pelo jornalista e poeta Evaldo Peclat Nascimento. O republicano, nascido em 18 de agosto de 1860, morreu em 01 de julho de 1891, ao cair no vulcão Vesúvio, em Nápoles, Itália.
Realizada em parceria entre a subsecretaria municipal de Cultura e o Fórum Popular de Cultura de Silva Jardim, a homenagem contou com as presenças das secretárias municipais de Educação, Bianka Alvim, e de Turismo, Luanna Andrade, além do subsecretário de Comunicação Social, Douglas Rodrigues Barros. Foi abrilhantado, ainda, por turmas do Ensino de Jovens e Adultos (EJA), do Centro de Educação Pública Municipal (CEPM), professora Vera Lúcia Pereira Coelho, levados pela professora Ana Beatriz. Participações, também, dos conselheiros municipais de Cultura, Igor Mattos e Júlio Mello.
A LETRA DO HINO AO PATRONO
“Silva Jardim, tribuno do povo/Vulto imortal da nossa República/Era o teu verbo um símbolo novo/De amor à Pátria e à causa pública.
Refrão: São tua voz e a tua bravura/Nossa bandeira, o nosso clarim/Salve o teu nome, salve a Cultura/Salve Antônio da Silva Jardim.
Democrata soubeste indomável/Pelo teu ideal ser um bravo/E na luta fazer-te implacável/Porque é triste viver como escravo.
Foi aqui neste solo querido/Que se abriram teus olhos à vida/Que o teu gênio, corcel destemido/Se moldou para luta renhida.
Estas várzeas e os velhos pomares/As palmeiras festivas em meio/Farfalhando altaneiras nos ares/Têm um pouco de ti no teu seio.
Não quiseste da Pátria, no solo/O teu sono dormir derradeiro/Mas teu nome pro nosso consolo/Viverá como eterno luzeiro”.