A 70ª Delegacia de Tanguá, prendeu, na manhã de ontem, segunda-feira (24), um homem de 42 anos, suspeito de envolvimento na morte da namorada, de 44 anos, em Tomascar, Tanguá. A vítima, que foi morta por asfixia e depois queimada, foi encontrada na Estrada da Posse, no último dia 19.
A resposta rápida da Polícia Civil, com a colaboração do Instituto Médico Legal (IML) de Tribobó, em São Gonçalo, veio em menos de uma semana após o caso ter sido descoberto.
De acordo com o delegado titular da 70ª DP, Luiz Duarte, o acusado, que namorava a mulher há cerca de um ano, nega qualquer envolvimento na morte. “Ele teria dito a família dela que no dia 18 para o dia 19, ela teria decidido regressar para Belo Horizonte, teria arrumado as malas em razão de um desentendimento conjugal, e que ele teria levado até o terminal rodoviário de Niterói”.
O acusado foi preso temporariamente e a unidade policial ainda está trabalhando na investigação do crime.
A Folha não conseguiu contato com a defesa do acusado e se coloca à disposição para futuras declarações.
O acusado já possui registros de crimes ligados à Lei Maria da Penha.
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Identificação da mulher
Segundo o delegado Duarte, a investigação conseguiu identificar a mulher após dois fatores, a família dela registrou o seu desaparecimento, e o IML conseguiu vestígios de suas digitais, apesar do corpo estar muito queimado.
A vítima, que é de Minas Gerais e mãe de uma menina de 11 anos, não teria mantido contato com familiares por dois dias e nem aparecido no trabalho. Ela era gerente em uma loja no Shopping Itaboraí Plaza.
Ainda segundo o delegado, para o cruzamento de dados, foi preciso uma verdadeira união de forças para que a identificação fosse feita.
“No sábado (22), os familiares dela tiveram aqui na delegacia, assim como o IML, e nos apresentaram a carteira de identidade dela de Minas Gerais. Ema uma diligência bastante célere, o IML de Tribobó entrou em contato com o serviço de identificação criminal e civil de Minas Gerais e conseguiu uma cópia da ficha cadastral dela. Fizeram então o confronto das impressões digitais do cadáver com a identidade civil de Minas Gerais, e assim nós conseguimos, cientificamente, comprovar que o cadáver era da pessoa desaparecida”.
A mulher, era de Minas Gerais e estava morando em Itaboraí à trabalho, há três anos e meio, segundo a família.
Família da vítima
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A reportagem da Folha conversou com uma pessoa da família da vítima. Segundo ela, a mulher era vaidosa, alto astral e íntegra. “Ela era uma pessoa alto astral, preenchia o ambiente onde estava. Sempre foi cuidadosa com a família, fazia de tudo para nos proteger e amparar. Uma mulher responsável, íntegra e vaidosa. Ela era especial!”, descreveu.
Ela também fez questão de agradecer ao IML de Tribobó e a equipe da 70ª Delegacia de Polícia de Tanguá pela forma como o caso foi conduzido e o acolhimento que lhe deram.
“Gostaria de aproveitar a oportunidade para agradecer imensamente ao pessoal da 70ª DP da cidade de Tanguá/RJ, do IML de São Gonçalo e os demais envolvidos que realizaram um trabalho impecável, com o máximo de celeridade possível e com tanto cuidado para que não fôssemos expostos a mais momentos de dor. Principalmente a equipe da 70ª DP. Eles me ouviram com muita humanidade, me ampararam até durante a madrugada em que me senti insegura. Foram sensacionais!”, relatou.
Por Lívia Louzada
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