A Prefeitura do Rio vai mobilizar cerca de mil agentes municipais — fora policiais militares e bombeiros — para fiscalizar as ruas contra aglomerações nas novas medidas restritivas para tentar conter o avanço da Covid-19 no município.
As novas regras entram em vigor às 17h desta sexta (5) e vão até a meia-noite da quinta que vem (11).
O secretário de Ordem Pública, Brenno Carnevale, explicou que o esquema para os dias seguintes será semelhante ao do carnaval. “Comboios da Seop vão percorrer a cidade, e contaremos com a capilaridade da PM”, disse Brenno.
Em paralelo às blitzes, as câmeras de monitoramento da cidade no Centro de Operações Rio (COR) também serão usadas para coibir quem desrespeitar as regras.
Restrições:
- entre 23h e 5h, será proibido permanecer em ruas, espaços públicos e praças; a multa por descumprimento é de R$ 562,42 – a circulação será permitida.
- bares e restaurantes só poderão abrir das 6h às 17h, e com 40% de ocupação, inclusive em shoppings centers — o take away (retirada) de alimentos também está proibido, mas o delivery (entrega) está liberado;
- Praias: estão proibidos quiosques, ambulantes e barraqueiros – banho de mar, exercícios e permanência na areia estão liberados
- Eventos, festas e rodas de samba também estão proibidos;
- Não podem funcionar boates, casas de espetáculo, feiras especiais, feiras de ambulantes e feirartes (artesanato) — feiras livres estão liberadas.
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Academias, shoppings e salões
O decreto diz ainda que as demais atividades econômicas que têm atendimento presencial podem funcionar entre 6h e 20h, mas com circulação de público limitada a 40%. Nesta lista, estão:
- comércio (shoppings e lojas de rua)
- academias
- shopping center (exceto praças de alimentação, que vão operar até as 17h)
- salões de beleza
- cabeleireiros
- supermercados
Escolas, farmácias, cultos, bancos, áreas de lazer
As atividades abaixo não estão incluídas no decreto e permanecem com as regras de funcionamento sem alteração:
- escolas
- consultas médicas
- hospitais
- veterinários
- farmácias
- missas e cultos religiosos
- hotéis, pousadas e albergues
- agências bancárias
- atividades esportivas
- áreas de lazer
- piscinas, quadras e áreas comuns em condomínios
- cinemas
- postos de combustíveis
- cadeia de abastecimento e logística
- transportes de passageiros
- serviço de entrega em domicílio
- trabalhadores de atividades essenciais (indústrias, profissionais de saúde)
Por que restringir a circulação?
A decisão da prefeitura leva em conta indicadores de casos, óbitos e internações com base em dados das 33 regiões administrativas – todas em nível médio de risco, exceto a área de Copacabana, que permanece com risco alto.
Os aumentos dos atendimentos de síndrome gripal e síndrome respiratória aguda grave nas redes de urgência e emergência — com mais pacientes com tosse, febre e dificuldades de respirar — foram determinantes para a adoção de regras mais rígidas de isolamento social no Rio. A alta de casos no país também foi levada em conta.
“Todas as medidas que anunciamos hoje têm um objetivo principal de evitar que se repita em 2021 o genocídio de 2020 na cidade do Rio de Janeiro”, disse o prefeito Eduardo Paes durante coletiva nesta manhã.