Três alunas da Faetec Henrique Lage, em Niterói, venceram a XIV FECTI, que é a maior feira de ciências voltada para a Educação Básica do Estado do Rio de Janeiro. O prêmio foi para um dispositivo criado para medir a temperatura via wi-fi. Ana Beatriz Pimenta, de 17 anos, uma das idealizadoras do projeto, junto a Millena Santos, 17, e Ana Clara Antunes, 18, tiveram a ideia a partir da necessidade de verificação da temperatura, já que a febre é um dos principais sintomas da covid-19.
“Muitos indivíduos não são capazes de aferir sua própria temperatura, seja por alguma deficiência ou até mesmo por falta de conhecimento. Por isso, acreditamos que o dispositivo ajudará a identificar a presença do sintoma em pessoas que precisam de um cuidado especial e nem sempre estão sob a supervisão de alguém”, avalia a aluna Ana Beatriz Pimenta
As meninas foram indicadas para participar, em março, da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia, Criatividade e Inovação (Febrace), da Universidade de São Paulo (USP).
Agora elas vão se dedicar a quatro projetos com temática que trata de saúde, meio ambiente e tecnologia. Dentre os projetos, o medidor é a grande aposta já que consegue diagnosticar se a pessoa está com febre e envia a informação em tempo real para um smartphone cadastrado.
“O equipamento funciona por meio de um sensor. Após a medição do usuário, a informação é enviada para a nuvem. E com um aplicativo conectado a uma rede Wi-Fi, o responsável é avisado sobre a temperatura corporal em qualquer lugar em que esteja. Um alarme será soado caso o usuário apresente febre”, esclarece a estudante do 3º ano do curso Técnico em Eletrônica.
Para o presidente da Faetec, João Carrilho, o dispositivo surge em boa hora. “Essas jovens tiveram uma ideia brilhante e que vai provocar o interesse de usuários e profissionais de saúde. Afinal, o monitoramento do sintoma hoje é fundamental para detecção de diversas doenças. É um orgulho enorme ter em nossa rede de ensino jovens tão criativas e dedicadas a solucionar os problemas do nosso cotidiano”, avalia.