As escolas da rede municipal do Rio de Janeiro permanecem sem aulas presenciais até, pelo menos, o dia 3 de agosto. A determinação está em decreto publicado na edição de hoje (30) do Diário Oficial da cidade.
As atividades nas escolas do município estão suspensas desde o dia 16 de março, como medida sanitária para conter a pandemia de covid-19. A rede abrange 1.540 unidades de ensino, que têm cerca de 650 mil alunos.
Em reunião na segunda-feira (29), não houve acordo entre a prefeitura do Rio e o sindicato dos professores para a volta às aulas nas escolas particulares do município. Um novo encontro está marcado para a próxima quinta-feira (2).
A rede estadual continua sem previsão para o retorno das aulas presenciais.
Sem acordo com a rede particular
A prefeitura do Rio de Janeiro e o sindicato dos professores não chegaram a um acordo para a volta às aulas nas escolas particulares do município. O anúncio foi feito pelo prefeito Marcelo Crivella nesta segunda-feira (29), após reunião com representantes dos professores e donos de escolas.
Na última sexta-feira (26), Crivella havia cogitado o retorno às aulas nas escolas particulares para 10 ou 15 de julho.
“Foi colocada na mesa uma discussão para que as aulas nas escolas privadas começassem dia 15 de julho de maneira voluntária. Os pais que decidissem levariam as crianças para a escola, e o professor que decidisse, poderia trabalhar ou não. Essa proposta não alcançou o consenso. Nós ficamos de marcar uma nova reunião na quinta-feira (2)”, disse Crivella, em entrevista coletiva, após o fim da reunião.
Segundo o prefeito, o sindicato dos professores alegou que, se fosse voluntário, os donos das escolas poderiam obrigar os docentes a voltar, sob pena de demissão. Crivella salientou que também não há definição para a volta às aulas nas escolas públicas.
Crivella disse que o que se está fazendo é a testagem para covid-19 de um grande número de merendeiras, a fim de que elas possam voltar a preparar o lanche dos alunos que desejarem comer nas escolas. “Não há previsão de retorno da escola pública”, afirmou.