O carro do juiz federal Renato Borelli, autor do mandado de prisão contra o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, foi atacado, nesta quinta-feira (7), em Brasília, com fragmentos de terra sendo jogados sobre a parte da frente.
O magistrado disse no fim de junho estar sofrendo ameaças de grupos de apoio a Ribeiro. De acordo com sua assessoria de comunicação, centenas de casos foram registrados.
A informação foi confirmada pela Justiça Federal. Ainda de acordo com a assessoria de comunicação da Justiça, medidas para inibir as agressões já estão sendo tomadas. Os pedidos de investigação foram encaminhados à Polícia Federal (PF).
No dia 22 de junho, Ribeiro foi preso preventivamente pela PF em Santos (SP). Também foram detidos na operação os pastores Arilton Moura, no Pará, e Gilmar Santos, em Brasília, o advogado e ex-assessor do MEC Luciano de Freitas Musse e o ex-assessor da Prefeitura de Goiânia Helder Bartolomeu.
De acordo com a PF, a operação “Acesso Pago” tem o objetivo de investigar a prática de tráfico de influência e corrupção para a liberação de recursos públicos do FNDE.
O mandado de prisão preventiva expedido contra Ribeiro cita os crimes de corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência. Um dos argumentos era de que os investigados poderiam obstruir a investigação e destruir provas.
O desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, decidiu no dia 23 de junho pela cassação da prisão preventiva do ex-ministro e dos outros investigados.
“Ante o exposto, defiro a liminar, se por outro motivo o paciente Milton Ribeiro não estiver segregado, para cassar a sua prisão preventiva, até o julgamento de mérito pelo colegiado da Terceira Turma deste TRF da 1ª. Região”, diz a decisão.
Antes disso, a Justiça Federal havia rejeitado um pedido de habeas corpus da defesa do ex-ministro. Os advogados solicitavam que a prisão preventiva fosse revogada ou transformada em domiciliar.
Crédito: CNN Brasil