Policiais civis da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente e do Departamento Geral de Polícia Especializada realizam na manhã desta terça-feira (6) a Operação Socó, com o objetivo de coletar provas dos crimes de construção irregular, falta de licenciamento ambiental, advocacia administrativa, fraude em licenciamento ambiental, corrupção ativa e passiva, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
Pelo menos dez mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em Saquarema; em Queimados, na Baixada Fluminense; e na cidade do Rio de Janeiro.
Segundo a Polícia Civil, entre os investigados na operação, estão um fiscal de obras da Prefeitura de Saquarema e a ex-diretora de Licenciamento Ambiental do município, suspeitos de envolvimento no financiamento, construção e licenciamento irregular de um empreendimento imobiliário de sete andares e 33 unidades, e que está em construção desde janeiro de 2020 na Avenida Oceânica, na mesma cidade.
Segundo a polícia, já foram deferidas ordens de suspensão das atividades. Ainda de acordo com a Polícia Civil, o valor mínimo estimado do residencial é de R$ 20 milhões.
Alguns dos endereços onde os mandados de busca estão sendo cumpridos são na Prefeitura e em um escritório de corretagem de imóveis.
O nome da operação “Socó” remete a uma ave que habitava a lagoa de Saquarema, município cujo nome resulta da expressão tupinambá socó-rema.
A Polícia Civil disse que as investigações continuam, com o intuito de identificar a atuação de milicianos, que estariam atuando na Zona Oeste do Rio e teriam migrado para a Região dos Lagos, onde estariam investindo em empreendimentos similares.
A operação é um desdobramento de uma investigação policial que, em dezembro do ano passado, interditou dois prédios residenciais em construção no Recreio dos Bandeirantes, na capital.
A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Saquarema e com a empresa de corretagem de imóveis e aguarda o retorno.
Fonte: g1.globo.com