Destruído, espaço DCE da UFF continua fechado

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“O DCE não vai abrir enquanto não for feita uma reforma”. O desabafo é do coordenador geral Marcos Teixeira quando questionado sobre a reabertura do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal Fluminense (UFF) Fernando Santa Cruz (DCE). O local está fechado desde março de 2020, início da pandemia do coronavírus, e mesmo que a universidade retorne com as aulas presenciais ele não será reaberto por estar insalubre, inseguro e impróprio.

Conhecido apenas como DCE o local, que tem cinco andares e comporta até mesmo um teatro com 400 lugares, está fechado e seu principal acesso virou reduto de moradores de rua. Teixeira afirma que o DCE “não está apto para abrir e só vamos fazer a reabertura quando conseguirmos uma reforma, nem que seja básica. Estamos em contínuo diálogo com a superintendência de manutenção e obras da UFF e precisamos consertar pontos importantes nesse equipamento tão importante para a cidade”, explicou.

A princípio, minimamente, o DCE precisa passar por uma reforma elétrica, sanitária e ganhar nova pintura interna e externa. “Desde o início da pandemia decidimos fechar o prédio por conta do cenário epidemiológico. Há vazamentos, parte do telhado está quebrada e há muitos problemas elétricos. Temos uma deterioração do espaço como um todo, com muito mofo por estar tanto tempo fechado. Tivemos uma manutenção elétrica em 2010 na caixa principal, mas tem muitas partes que estão ruins e precisam ser modernizadas”, enumerou.

Ao todo o DCE tem cinco andares e no primeiro fica o Teatro MPB-4 e um hall de entrada, além de salas; no segundo funcionava o pré vestibular Fernando Santa Cruz com cinco salas com capacidade para 80 alunos, uma secretaria, uma sala de xerox e uma sala de estamparia. No terceiro andar, um espaço recreativo com uma cantina; no quarto tem uma biblioteca com acesso pelo campus Valonguinho e no quinto e último pavimento um grande salão aberto. Em todos os andares há banheiros.

TEATRO

O Teatro MPB-4 tem 400 lugares e já recebeu grandes peças e shows. Mas há anos está sendo deteriorado com a ação do tempo. Cadeiras rasgadas, quebradas, piso solto, cortinas rasgadas, uma parte do telhado está quebrado justamente onde ficam as máquinas de projeção; na altura da saída de emergência. O estofado das cadeiras também é outro problema já que não é recomendado por ser de material inflamável. “O tablado aparentemente está bom, mas precisa de manutenção. Está empenado e faz barulho quando pisamos. No Centro da cidade nós temos um teatro dessa dimensão e impróprio é muito triste”, finalizou o coordenador.

A Universidade Federal Fluminense informou está atenta ao que tem ocorrido no DCE. O aumento populacional de moradores de rua durante a pandemia tem acontecido em todo o país e as medidas para a resolução deste problema social devem ser debatidas em conjunto com outras esferas públicas. Estamos estudando soluções e medidas que devem ser tomadas junto a outras instâncias para resolver esta situação. Reconhecendo o DCE como entidade máxima de representação dos alunos da universidade e historicamente de grande relevância cultural para a cidade de Niterói, está nos planos para este ano a elaboração de um projeto executivo para reforma do espaço e devolver este relevante aparelho cultural para a sociedade.

 

Crédito: ATribuna

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