Maricá deu mais um passo no processo de armamento da Guarda Municipal. Na quarta-feira (2), representantes da Secretaria Municipal de Segurança Cidadã estiveram na Delegacia Regional Executiva da Polícia Federal, no Rio de Janeiro, para alinhar diretrizes legais e técnicas com relação à aquisição e porte de armas pelos agentes.
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O grupo foi recebido pelos delegados federais Bruno Tavares, Marcelo Daemon e Marcelo Prudente. Segundo o secretário de Segurança Cidadã, Júlio Veras, o encontro foi importante para garantir que todo o processo siga com legalidade e transparência.
“Aguardamos a votação do projeto na Câmara e, se aprovado, iniciaremos a implementação com uma Guarda preparada, treinada e equipada”, afirmou Veras.
O projeto de lei que autoriza o armamento foi enviado à Câmara em 24 de abril e propõe a alteração de cinco artigos da Lei Orgânica do Município (299 a 303). A proposta é de autoria do prefeito Washington Quaquá e inclui a criação do Grupamento de Ocupação Democrática Armada do Território (GODAT), aquisição de equipamentos, uso de câmeras corporais e um programa de capacitação dos agentes.
Todos os 420 guardas passarão por treinamento para uso responsável de armas de fogo, com foco em cidadania, direitos humanos e atuação comunitária. Parte do efetivo já participa de cursos em parceria com o Instituto Marielle Franco, com temas como racismo, desigualdade social, direitos das mulheres e direito à cidade. O Centro de Estudos da Guarda seguirá oferecendo formação continuada.

Sem impacto no orçamento
Todo o investimento será feito com recursos próprios da Secretaria de Segurança Cidadã, sem afetar outras áreas do orçamento municipal. As atribuições da Guarda Municipal e da Polícia Militar continuam as mesmas, conforme a legislação vigente.
Maricá segue a tendência de outras cidades brasileiras, como São Paulo, Curitiba, Volta Redonda e São Gonçalo, que já adotaram o armamento da Guarda Municipal e registraram avanços na segurança local.
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