Líquido vermelho da carne não é sangue; confira

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Sempre tem alguém no churrasco que gosta de carne malpassada – e é comum se referir a ela como uma carne que está “sangrando”. Mas, na verdade, o líquido que sai do alimento não é sangue (cuja maior parte, inclusive, vai embora durante o abate do boi).

Para explicar o que é esse líquido, a reportagem conversou com os médicos veterinários Alessandra Silva Dias Campos e Felipe Machado Sant´Anna, professores do Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH).

Eles explicaram ainda como o sangue é retirado dos bovinos e por que a carne encolhe quando a cozinhamosConfira:

O que é o líquido vermelho da carne bovina?

líquido vermelho da carne tem origem em uma proteína chamada mioglobina, que é encontrada dentro das células que formam as fibras musculares dos bovinos.

Ela é responsável pela coloração dos músculos dos animais, que depois se transformam na carne que chega até a mesa.

“Durante o processo de transformação do músculo em carne, uma quantidade de água é liberada das fibras musculares e, associada a ela, parte da mioglobina também é liberada, gerando o líquido vermelho característico da carne.”

A mioglobina é uma proteína que se liga ao oxigênio que chega às células, sendo responsável pelo transporte e armazenamento deste dentro dos músculos.

Uma vez dentro das células musculares, o oxigênio poderá ser utilizado para a produção de energia, possibilitando as funções de contração e relaxamento muscular, dizem os veterinários.

Cerca de 60% a 70% do sangue do boi é retirado durante a sangria, etapa do abate onde um corte é feito na região do pescoço do boi, permitindo a saída do sangue, que é recolhido, por sua vez, em calhas específicas nos abatedouros.

Esse processo permite que o líquido seja retirado de forma rápida e abundante, segundo os veterinários. O restante do sangue (30% a 40%) fica retido em órgãos e músculos.

A legislação prevê que, antes da sangria, o animal passe pela etapa de insensibilização, uma técnica que retira a sensibilidade dele a estímulos externos, o que, segundo os veterinários, é “uma norma importante dentro da concepção de abate humanitário”.

Tudo isso está previsto no Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (RIISPOA) e na Portaria 365, de 16 de julho de 2021.

Crédito: g1.globo.com

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