Polícia Civil alerta contra golpes virtuais em Cabo Frio

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A Polícia Civil de Cabo Frio alerta para a incidência cada vez maior de golpes aplicados aproveitando-se de transações feitas em sites de compra na internet. O titular da 126ª DP, delegado Sérgio Caldas disse que neste ano, pelo menos, quatro ocorrências do tipo já foram registradas na unidade, mas estima que haja muitas outras vítimas em todo o Estado do Rio.

As mais recentes, dois comerciantes de meia-idade, reuniram-se ontem com Caldas para registrar queixa sobre a venda de um carro de cerca de R$ 70 mil. Segundo o delegado, a vendedora e o comprador foram enganados por um homem que se apresentou como intermediário para o negócio.

A dinâmica é semelhante a de outros casos. Com os cabofrienses, o falsário entrou em contato com os participantes do negócio e os convenceu de que era de confiança e que conhecia a outra parte envolvida na transação. Sem levantar suspeitas, ele se apresentou como amigo de um e como ex-sócio do outro. Do comprador recebeu uma transferência eletrônica de quase R$ 60 mil, porém não a repassou para a vendedora, com quem tinha combinado um desconto menor, de cerca de R$ 2 mil.

Segundo o delegado, o estelionatário fez uma falsa transferência para a vendedora do veículo que, em seguida, fez a transferência de propriedade para um ‘laranja’ indicado pelo criminoso. Segura de que o negócio não tem qualquer problema, a vítima teve como garantia apenas uma imagem de recibo adulterada por computador e repassada por WhatsApp. No entanto, ao verificar que nada entrou na conta, dá-se conta de que foi vítima de um golpe. Aliás, um golpe duplo.

“Os dois estavam absolutamente frustrados. Esses estelionatários normalmente têm uma capacidade de convencimento muito grande. Isso pode acontecer com qualquer um. Todo cuidado ainda é pouco. Comprar e vender tem que ser olho no olho”, disse o delegado, que eximiu de culpa os sites.

Os crimes estão sendo investigados com a ajuda da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática. O carro foi apreendido e terá a propriedade definida pela Justiça. Por decisão do delegado, o veículo poderá ficar, a título de ‘depósito precário’, com a vendedora que, no entanto, não poderá se desfazer do bem até que haja uma decisão judicial. O crime de estelionato pode resultar de um a cinco anos de prisão.

A reportagem entrou em contato com a OLX, onde o veículo foi anunciado, mas não teve resposta até o fechamento deste edição. Em matéria publicada em dezembro, sobre o golpe de falso aluguel de temporada, a empresa disse que condena fraudes e que “toda negociação é realizada fora do ambiente do site, portanto, a empresa não faz a intermediação ou participa de qualquer forma das transações, que são feitas diretamente entre os usuários”.

 

Fonte: Folha dos Lagos

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