A Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol) do Rio de Janeiro lançou, nesta semana, um novo conceito de atendimento on-line para a população fluminense. A ferramenta, que está mais intuitiva e navegável, utiliza método de inteligência artificial para facilitar o usuário, deixando o canal mais moderno e evitando subnotificações. A nova delegacia on-line também deixa de ser um pré-registro e passará a formalizar a queixa conforme acontece nas unidades físicas.
Com o novo formato, não será mais necessário que a vítima escreva a narrativa do fato. Por meio de perguntas direcionadas, o sistema automaticamente transcreve a dinâmica com informações de interesse à investigação. A plataforma também possui um espaço destinado à inserção de dados adicionais caso a parte queira sinalizar outras questões relacionadas ao crime. Provas documentais também poderão ser anexadas.
Outra novidade da ferramenta é a possibilidade de registrar crimes de violência contra a mulher. Apenas no caso de pedido de medida protetiva é que a vítima deve se apresentar na delegacia para análise do fato pela autoridade policial.
Para confeccionar o Registro de Ocorrência (RO) on-line, é necessário ter endereço eletrônico, uma vez que toda comunicação entre a polícia e o usuário será por este canal. Também via e-mail serão enviados o código de validação, o número do procedimento e encaminhamento para exame de corpo de delito em casos específicos. Na ausência de informações, os agentes entrarão em contato com a pessoa e agendarão dia e horário para o comparecimento à unidade policial.
De acordo com o diretor do Departamento-Geral de Tecnologia da Informação e Telecomunicações da Sepol, delegado Eduardo Clementino, este é mais um canal de atendimento ao cidadão.
– Além de ser um serviço mais confortável para a vítima, que poderá fazer o RO em uma média de sete minutos, a nova plataforma também vai padronizar as condutas policiais. Será uma verdadeira delegacia virtual com especificidades e características que atendam a realidade do nosso Estado, do cidadão fluminense – disse o delegado.