Prefeitura de Rio Bonito orienta população sobre a esporotricose

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A Prefeitura de Rio Bonito vem orientando a população sobre os riscos da esporotricose, doença ainda pouco conhecida, mas que necessita de muita orientação. Causada por fungos localizados na terra, ela pode ser transmitida pelos gatos – mesmo aqueles que não têm nenhuma característica da doença e são assintomáticos. Esse trabalho vem sendo conduzido pela secretaria de Agricultura, Trabalho e Desenvolvimento Econômico. Nesta semana, em ação conjunta com as Protetoras de Pequenos animais do município, Priscila Rodrigues e a Valéria Kleisorgem, possibilitaram a realização de tratamento seguro para dois gatos e sua tutora no bairro Rio do Ouro, que apresentaram sintomas da doença.

As protetoras contataram a Secretaria de Agricultura, através da médica veterinária Renata Brandão, solicitando orientação e apoio para animais com lesões compatíveis com esporotricose, relatando ainda que sua tutora também apresentava lesões na pele. As Protetoras fizeram a notificação (documento eletrônico da secretaria de saúde para notificação de animais com esporotricose) dos animais.

“No tratamento desta enfermidade o isolamento dos animais é muito importante. Pensando nisso a Secretaria fez a entrega junto com as Protetoras, através de Termo de Empréstimo, gaiolas para acomodação e tratamento dos felinos. Orientamos quanto ao tratamento, manuseio e higiene dos animais, além disso, treinamos a família como medicá-los de forma mais segura”, afirma Renata Brandão.

A Esporotricose é uma zoonose grave que atinge principalmente os gatos e seus tutores. Sendo relatada em todo o mundo, principalmente em regiões de clima tropical e subtropical, a esporotricose é endêmica no Estado do Rio de Janeiro. É uma doença causada por um fungo do gênero Sporothrix. Este é um fungo microscópico que vive no solo e está muito associado a materiais em decomposição (galhos e folhas).

O Esporothrix contamina a pele e as vias respiratórias dos animais e dos seres humanos. É muito comum animais, principalmente os de rua, terem a esporotricose. Os gatos da rua têm o costume de arranhar troncos de árvores e passar as patas no solo e por isso as unhas do gato podem ser ricas em Esporothrix.

“Quando os gatos arranham seus tutores ou outros animais (em brigas por território, comida e por fêmeas) abrem feridas que permitem a introdução do fungo na pele, podendo atingir vasos linfáticos, ossos, articulações, vias respiratórias e até o sistema nervoso. É mais raro, mas o cão também pode contrair essa doença”, explica a veterinária.

Os sinais clínicos mais comuns são feridas na pele que não cicatrizam. Normalmente são lesões inchadas e com secreção contínua. Os locais mais típicos dessas feridas nos felinos são no focinho, nas patas, principalmente perto das unhas, na cauda e também na parte interna do sistema respiratório, podendo gerar pneumonia fúngica.

É uma enfermidade de tratamento longo e que pode levar o animal a óbito. As bases do seu tratamento são antifúngicos. A melhor forma de prevenir o contágio é diminuir as possibilidades dos gatinhos irem as ruas e para evitar o hábito dos animais saírem de suas casas a castração de animais jovens faz toda a diferença. Vale ressaltar que o município, em parceria com o Governo do Estado, oferece castração gratuita para pequenos animais através do RJPET.

Caso o seu gato tenha feridas na pele que não cicatrizam, principalmente nas patas, cauda e focinho, não deixe de levá-lo ao Médico Veterinário, pois é uma doença séria para o felino e para os seres humanos. É necessário tratar o quanto antes para que tenha cura. Sim, a esporotricose tem cura!

 

Crédito: Secom Rio Bonito

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