Para a Secretaria de Saúde de Maricá, o mês de dezembro foi um desafio superado. Com a população da cidade praticamente dobrando ao longo do período, as unidades de Saúde que atendem emergências atuaram com suas equipes completas e registraram um grande número de atendimentos, dentro do planejamento organizado pela pasta.
O destaque absoluto foi o Posto de Emergência Santa Rita, no Jardim Atlântico, que no período da virada do ano superou até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Inoã, no volume de trabalho. Da mesma forma que as duas unidades, o Hospital Municipal Conde Modesto Leal, no Centro, também registrou um volume considerável de atendimentos. Nesta que é a principal base de urgência e emergência da cidade, no período entre 29 de dezembro e 2 de janeiro, 1.508 pacientes foram atendidos, um número, segundo a secretaria, superior ao registrado em 2018. Foram 50 internações e apenas uma cirurgia ortopédica, um dado relevante, visto que a cidade estava com muitos visitantes durante os dias de festa e nenhuma ocorrência considerada de maior gravidade foi registrada.
Na unidade do Jardim Atlântico, foram registrados cerca de 150 atendimentos apenas no dia 31 de dezembro, em sua maioria com necessidade de suturas. A UPA de Inoã registrou, no mesmo período, cerca de 146 atendimentos. “O Posto Santa Rita foi a nossa surpresa, foi um caso de superação porque com uma estrutura muito menor eles conseguiram fazer todos os atendimentos”, avaliou a secretária de Saúde, Simone Costa e Silva, apontando ainda outro fator de sucesso de atuação no período das festas. “A implantação da nossa equipe municipal de resgate em Itaipuaçu foi outro acerto, já que nos casos mais graves os pacientes puderam ser removidos para os hospitais maiores, como o Hospital Estadual Alberto Torres (HEAT), rapidamente”, acrescenta.
Outro dado curioso, mas que serviu para comprovar que Maricá tornou-se um destino na passagem do ano procurado por pessoas de outras cidades e de outros países surgiu também no posto Santa Rita. No período do réveillon, estrangeiros de várias nacionalidades, receberam atendimento na unidade. “Atendemos uma cidadã russa que chegou aqui com insolação. Ela não falava nada em português, mas conseguimos uma pessoa que fala inglês e nos ajudou na comunicação com ela. No final deu tudo certo e ela saiu daqui totalmente recuperada”, disse o coordenador administrativo do Posto, Rosemberg de Mattos, que acompanha de perto a rotina de atendimento. Além da russa, foram atendidos cidadãos americanos e alemães.
O aumento de atendimento do Santa Rita se deu, principalmente, pelo grande fluxo de veranistas que procuram Itaipuaçu para passar as férias. Como a tendência já tinha sido observada e se consolidou no período de festas, a Secretaria de Saúde já trabalha com um projeto de ampliação física do Posto Santa Rita, que inclui uma sala de Raio-x e uma nova sala de estabilização – maior e com mais conforto aos pacientes, além de outros itens.
Zilda Amado da Cruz, de 80 anos, foi ao posto acompanhada da nora, Mônica Santos, de 51 anos. A moradora de São Gonçalo está passando uns dias na casa do filho, em Itaipuaçu e, após cair e machucar as pernas, foi em busca de socorro médico. A agilidade do atendimento chamou sua atenção. “Eu cheguei e já consegui fazer minha ficha, agora estou só esperando o médico me chamar. Achei tudo muito organizado”, disse. Mônica, por sua vez, falou que é bom ter um posto que atenda as emergências perto de casa. “Sempre que preciso venho até aqui e é muito bom ter uma emergência perto de casa, sem precisar ir para o centro da cidade ou outro município”, explicou.
Atualmente, o Posto de Emergência Santa Rita conta com equipes de plantão compostas por uma enfermeira, cinco técnicos de enfermagem e dois médicos, além de um dentista de 8h às 21h, um laboratório de análises clínicas simples, com resultados que ficam prontos em 20 minutos e ambulância 24 horas por dia.