‘Se governo federal ajudar, ótimo. Se não, o estadual vai fazer’, diz Castro sobre tragédia em Petrópolis

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Em Petrópolis, o governador do Rio, Claudio Castro, assumiu na manhã desta quarta-feira o compromisso de arcar com os gastos para atendimento às vítimas da tempestade que destruiu a cidade serrana. Castro declarou que “o governo do estado não vai esperar nem prefeitura nem governo federal” e disse “aqui nessa região, o compromisso é comigo”.

– O que tiver que ser gasto aqui o governo do estado vai fazer direto o aporte. Eu vou conversar com o ministro (do Desenvolvimento Regional) Rogério Marinho e com o presidente. Tudo que eles puderem ajudar nós queremos. Mas o estado não vai se apegar a isso. O que tiver que ser feito, remoção de famílias e construção de casas, o estado fará com dinheiro próprio. Ninguém aguenta mais situações como essa – garantiu Castro.

Na declaração a jornalistas, o governador também definiu as prioridades do momento e falou na possibilidade de ainda encontrar pessoas vivas sob a lama:

– Acho que não é hora de a gente falar em número aqui ainda. O trabalho é tentar achar gente viva ainda nesses escombros, nesse cenário de terror. Tem que fazer a limpeza, tirar os possíveis corpos aqui, depois a gente vai pensar em números e reconstrução. O principal agora é atender as famílias.

Em referência à tragédia que deixou mais de 900 mortos na Região Serrana há onze anos, o governador enviou um recado à população de Petrópolis.

– Eu queria falar muito seriamente para o pessoal daqui: não será igual 2011. Não acontecerá mais dez ou onze anos de espera. Nós temos que tomar ações agora.

Ainda de acordo com o governador Claudio Castro, o comitê das chuvas vem trabalhando desde setembro de 2020 e que, por isso, houve menos impactos nos últimos dois anos. “Isso é por causa de limpeza de rios, quase R$ 300 milhões gastos pelo programa Limpa Rio e também contenção de encosta, quase R$ 80 milhões”, afirmou.

Desde a madrugada desta quarta-feira, chegaram à cidade de Petrópolis mais de 160 máquinas do estado para desobstrução de ruas: 37 picapes, 39 retroescavadeiras, 20 caminhões pipas, 5 escavadeiras hidráulicas, oito bobcats, duas vans, três muncks, três caminhões pranchas, 41 caminhões basculantes e nove vacall. O maquinário foi enviado pelas secretarias de Infraestrutura e Obras, das Cidades e de Ambiente. A limpeza das ruas deve facilitar o socorro às vítimas e a passagem de insumos emergenciais. O Governo do Estado prevê enviar mais maquinário ao longo do dia.

O governador e o secretário de Infraestrutura, Max Lemos, estão desde a noite desta terça-feira no município da Região Serrana. De acordo com Lemos, todos os equipamentos da Secretaria de Infraestrutura e Obras estão à disposição da cidade.

– Mobilizamos toda a nossa equipe para apoiar a Prefeitura de Petrópolis nesse momento. Estamos focados na desobstrução das vias e, para isso, temos centenas de equipamentos já circulando pela cidade para socorrer as áreas mais afetadas. Tem mais maquinários chegando ao longo do dia para amenizar a situação. Seguiremos à disposição da população de Petrópolis, conforme determinação do governador – declarou o secretário em nota.

Na semana passada, a gestão municipal e a Secretaria de Infraestrutura e Obras se reuniram para traçar estratégias para obras de contenção de encostas na cidade. Com a tragédia desta terça, a pasta promete intensificar o trabalho para definição das prioridades e intervenção imediata.

Além disso, entre as ações de prevenção a desastres na Região Serrana, a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Obras afirma que vem investindo quase R$ 80 milhões em obras de contenção de encostas em Nova Friburgo e, em Teresópolis, um total de R$ 57 milhões.

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