Secretário estadual de Saúde do RJ diz que espera uma segunda onda de contaminação

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O secretário estadual de Saúde, Fernando Ferry, declarou, na última quinta-feira (18), que espera uma segunda onda de contaminação pelo novo coronavírus após a abertura da economia no estado do Rio.

A declaração foi feita durante a inauguração do Hospital de Campanha de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio. Questionado sobre um novo cronograma de abertura dos hospitais de campanha, o secretário afirmou que é preciso foco e que “é possível que venha uma segunda onda”.

“A gente tem que dar foco. Esse foco tem que ser dado aos poucos. Nós estamos abrindo 50 leitos no Maracanã, 40 aqui e foram já 20 para Fiocruz. Esperamos uma segunda onda, com a abertura da economia. A economia tem que abrir porque a arrecadação caiu muito. Daqui a pouco não haveria dinheiro nem para pagar os médicos. Já caiu também o número de internações, mas a gente tem que estar preparado porque é possível que venha uma segunda onda, apesar de que a taxa geral de mortalidade aqui no Rio de Janeiro está 0,44 para cada mil habitantes, ou seja, tem um óbito para cada 2 mil pessoas”, declarou o secretário.

Inauguração

A abertura do Hospital de Campanha de São Gonçalo, dedicado para pacientes infectados com o novo coronavírus, ocorre com mais de um mês e meio de atraso. Os pacientes com Covid-19são encaminhados para a unidade por meio do sistema de regulação. A Secretaria Estadual de Saúde afirmou que já nesta quinta alguns já serão levados para o hospital.

O governador Wilson Witzel prometeu a inauguração de sete hospitais para o tratamento da Covid-19 até o fim de abril no Rio de Janeiro. A abertura da unidade de São Gonçalo, que abre com o funcionamento parcial, chegou a ser adiada para maio, mas não foi realizada.

A unidade tem capacidade para 200 leitos – 120 de enfermaria e 80 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, inicialmente, apenas 40 leitos – 20 de enfermaria e 20 de UTI – funcionam. Eles contam com 40 respiradores. Segundo a secretaria, o número de leitos abertos foi determinado a partir da disponibilidade de medicamentos disponíveis no mercado.

“No mercado não se encontra respirador. A gente não tem respirador para comprar em lugar nenhum. Assim que a gente conseguir, nós vamos colocar. Com a queda agora da demanda mundial, a gente acredita que vai voltar a ter no mercado e a gente vai colocar aqui”, afirmou o secretário estadual durante a inauguração.

O hospital foi construído no Clube Mauá, no bairro Estrela do Norte, próximo ao Centro do município. Até esta quarta-feira (17), São Gonçalo era o terceiro município do estado em números de casos, com 3.296 contaminados, e o terceiro em número de mortes, com 300.

A Fundação Saúde trabalha na gestão da unidade. O próximo hospital de campanha a ser entregue será o de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, de acordo com a secretaria.

Calendário atrasado

O calendário de inaugurações dos hospitais de campanha foi alterado pelo menos cinco vezes, mas foi abandonado.

Uma das unidades, a de Casimiro de Abreu, que é a mais atrasada, chegou a ser prometido para esta quinta. O secretário estadual de Saúde, Fernando Ferry, admitiu que as unidades mais atrasadas poderiam nem sequer abrir.

Ainda não foram inaugurarados os hospitais de Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Nova Friburgo, Campos dos Goytacazes e Casimiro de Abreu.

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