Os testes da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, em conjunto com a AstraZeneca, voltarão a ser realizados. O anúncio foi feito neste sábado, depois de uma semana de pausa nos exames clínicos diante da descoberta de um caso de efeitos colaterais. A vacina é a aposta do governo brasileiro que, há poucos meses, fechou um acordo bilionário com o consórcio para ter acesso ao futuro produto.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu do laboratório britânico AstraZeneca as informações que faltavam para iniciar a análise de reativação do estudo clínico com a vacina da Universidade de Oxford no Brasil.
Agora, cabe à Anvisa analisar os dados recebidos antes de liberar o reinício dos testes no Brasil. “Depois do anúncio de retomada do estudo no Reino Unido, feito pela Universidade de Oxford, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária vai seguir, nas próximas horas, o protocolo de análise necessário para avaliar o pedido. A Anvisa reitera que está comprometida com a celeridade na análise de todos os dados. Ao mesmo tempo, trabalha para garantir a segurança dos participantes do estudo clínico no Brasil”, informou em nota a agência na tarde de hoje (12).
A AstraZeneca havia suspendido os testes com a vacina contra a covid-19 após um participante dos testes ficar doente. Essa vacina está sendo testada em outros países além do Brasil. A pessoa que ficou doente é do próprio Reino Unido. Após investigações, os estudos foram liberados novamente e as autoridades dos países participantes devidamente informadas.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), do Ministério da Saúde, e a AstraZeneca assinaram no fim de julho um termo que dará base para o acordo de transferência de tecnologia entre os laboratórios e a produção de 100 milhões de doses da vacina contra a covid-19, caso seja comprovada a sua eficácia e segurança.