Ceia de Natal tem perua (e não peru); entenda

Mercado prefere direcionar os perus machos para a produção de embutidos e pedaços. Já o Chester - marca que pertence à Perdigão
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Peru da ceia de Natal é, na verdade, a fêmea da espécie — Foto: Freepik/ Reprodução

Sabe aquele tradicional peru assado comum na ceias de Natal? Não é peru! Apesar de o macho levar a fama, quem realmente vai para o forno é a fêmea. A explicação disso está na diferença de tamanho entre as aves.

As peruas crescem menos que os machos e, por isso, é mais vantajoso para os produtores comercializar o peru no mercado de pedaços, explica o pesquisador Elsio Figueiredo, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Suínos e Aves.

Mas há outras curiosidades envolvendo o cardápio natalino.

No caso do Chester – marca que pertence à Perdigão – acontece o oposto: o principal produto é o macho. Isso acontece porque as fêmeas são menores e acabam sendo vendidas como um produto para o dia a dia.

Apesar disso, para o frango atingir o tamanho ideal, o produtor faz uma seleção genética, priorizando as características desejadas da ave.

Nesta reportagem, você vai entender ainda:

  • Como é a criação das aves;
  • Quando são os abates;
  • O que é o Chester;
  • Como é feita a seleção genética de frangos natalinos.

Os perus e as peruas são criados separadamente, já que se desenvolvem em ritmos diferentes. Caso contrário, ao longo dos meses, o macho poderia comer toda a comida e deixar a fêmea sem nada.

Estima-se que o peru consiga atingir cerca de 10 kg a mais do que a fêmea, segundo a Embrapa.

O abate das peruas acontece quando elas têm por volta de 10 semanas de idade, época em que ultrapassam os 5 kg de peso, obtendo uma carcaça de 4 kg, ideal para o Natal.

Mas os perus não escapam do abate. Eles vivem até 20 semanas e, depois, são levados para as indústrias que produzem peito de peru, salsicha e defumados. O macho raramente é vendido inteiro.

Vale lembrar que nem todas as fêmeas vão para as ceias. Algumas são criadas para o mesmo fim que os machos, sendo encaminhadas para o mercado de pedaços após 20 semanas. Nesse período, elas atingem o peso de 15 kg.

Ceias de Natal

🍗 O Chester e a seleção genética
Os frangos de Natal são maiores do que aqueles que compramos para o dia a dia. Para obter esse resultado, os produtores levam cerca de um ano organizando a reprodução entre linhagens genéticas específicas, explica Figueiredo.

O frango gigante (Chester), por exemplo, tem a característica do peito grande. A seleção desse atributo começa na geração de bisavós.

Ao todo, existem quatro classificações denominadas com letras (A, B, C e D). Cada linha tem uma característica, por exemplo: o peito maior, melhor rendimento de peso em relação à ração, capacidade de colocar mais ovos, entre outros.

A partir disso, as linhas são cruzadas entre si até nascer a geração ABCD, que é o frango vendido para as festas.

Fonte: g1.globo.com

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