Depois de um ano de adiamento, as Olimpíadas de Tóquio começaram oficialmente nesta sexta-feira (23). Em uma cerimônia de abertura mais enxuta e sem público, o Japão encantou com uma mensagem de união, superação e esperança em tempos de pandemia de coronavírus. Até o dia 8 de agosto, os olhos do mundo se voltam para Tóquio e para as histórias de conquistas de 11 mil atletas.
As barreiras impostas pela pandemia foram lembradas, dos atletas que treinaram sozinhos em períodos de isolamento, aos profissionais da saúde na linha de frente de combate a covid. Receberam as devidas homenagens em uma festa restrita a cerca de mil convidados entre chefes de estados e membros do Comitê Olímpico Internacional (COI), mas transmitida para bilhões de pessoas ao redor do planeta. Além disso, houve também a preocupação com as dimensões da festa. O Japão teve de reduzir o tamanho da cerimônia de abertura, tanto para cortar custos como para evitar um surto de coronavírus. Houve um minuto de silêncio em memória das vítimas da pandemia.
Mestre-sala e porta-bandeira do Brasil
Pela primeira vez o Brasil teve dois porta-bandeiras: Bruninho (campeão olímpico do vôlei) e Ketleyn Quadros (primeira brasileira a conquistar uma medalha olímpica, em Pequim 2008, no judô). Os dois puxaram uma delegação bem reduzida no Estádio Olímpico. Para evitar o risco de algum atleta brasileiro pegar covid, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) vetou a participação dos pouco mais de 300 atletas do país na abertura. No entanto, houve um desfile simbólico dos brasileiros na Vila Olímpica. Apenas dois membros do Comitê Olímpico do Brasil desfilaram na abertura, cumprindo o número mínimo exigido pelo COI. Ainda assim os dois medalhistas olímpicos fizeram festa e arriscaram alguns passos de samba, imitando um mestre-sala e uma porta-bandeira.
Parada das nações “mascaradas” (com exceções)
A máscara foi um item fundamental para todos na parada das nações. Como de costume, a Grécia, criadora das Olimpíadas na antiguidade, abriu o desfile das delegações. A equipe olímpica de refugiados foi a segunda delegação a desfilar. O Brasil foi o 151º país a entrar no Estádio Olímpico. A Rússia, punida por causa do escândalo de doping sistemático no país, desfilou com a bandeira olímpica. O anfitrião Japão fechou a parada das 206 delegações.
Homenagens aos profissionais da saúde
A bandeira do Japão foi carregada por quatro atletas de destaque do país e também por uma profissional da saúde que atuou na linha de frente da pandemia. A bandeira do Comitê Olímpico Internacional foi levada ao Estádio Olímpico por atletas dos cinco continentes que atuaram na linha de frente da pandemia e um membro do time de refugiados. A representante das Américas foi a judoca argentina Paula Pareto, atual campeã olímpica da categoria até 48kg, que também é médica.
Fonte: Ge