Em depoimento à Polícia Civil, o traficante Manuel Avelino de Sousa Junior, conhecido como Peida Voa, revelou que dois adolescentes que também fazem parte do tráfico de drogas no Morro do Dezoito, em Água Santa, Zona Norte do Rio, ajudaram a ocultar o cadáver de Matheusa Passarelli. A estudante foi morta em abril de 2018.
O relato foi gravado em áudio na manhã do dia 28 de maio, na Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), para onde Manuel foi levado após ser preso. Segundo o traficante, dois menores que estavam na comunidade ajudaram a levar o corpo. Os jovens são irmãos e, na época, moravam na região.
O traficante informou aos policiais os nomes dos irmãos. No entanto, a delegacia não conseguiu chegar à identificação completa deles.
Segundo as investigações, Matheusa foi morta após sair de uma festa na madrugada de 29 de abril de 2018, na Rua Cruz e Souza, no Encantado, onde iria fazer uma tatuagem na aniversariante. Na época, a estudante passava por dificuldades financeiras e, de acordo com o relatório, ficou emocionalmente abalada quando a amiga desistiu de fazer a tatuagem.
Além disso, uma testemunha revelou à Justiça que Matheusa consumiu água com ecstasy durante a festa. Em um interrogatório realizado no último dia 17 de setembro, a testemunha disse que uma convidada deu uma garrafa de água com ecstasy para a estudante. No entanto, não soube dizer se Matheusa sabia que havia droga na bebida. Após deixar a festa, a estudante seguiu pela rua desorientada.
Outros dois traficantes foram acusados pelo assassinato de Matheusa. Entre eles Genilson Madson Dias Pereira, o GG, e Messias Gomes Teixeira, o Feio. GG foi morto numa operação da PM no Morro do Dezoito, em março. Já Feio está preso.
Fonte: O São Gonçalo