O número de pessoas que moram sozinhas tem aumentado no Estado do Rio de Janeiro. É o que confirmou, nesta sexta-feira, dia 22, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), que traz um retrato das características gerais dos domicílios e dos moradores, a quantidade de casas nesta condição passou de 15,8%, em 2012, para 22,6%, em 2024. O dado coloca o Rio como o Estado com o maior percentual de domicílios unipessoais. A média brasileira foi de 12,2% (2012) para 18,6% (2024). A pesquisa levantou também informações sobre a estrutura dos domicílios e de serviços como saneamento básico, abastecimento de água, esgotamento sanitário, destino do lixo, além do acesso à energia elétrica.
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De acordo com o levantamento, das unidades unipessoais no Estado, 49,3% são formadas por homens e 50,7% por mulheres. Os homens moram mais sozinhos entre os 30 e 59 anos; já as mulheres entre os 60 anos ou mais. Após o Rio de Janeiro, os locais com mais pessoas morando sozinhas são: Rio Grande do Sul (20,9%), Goiás (20,2%) e Minas Gerais (20,1%). “Nos grandes centros, é mais comum as pessoas migrarem por razões profissionais. Primeiro vão e moram sozinhas, para se estabelecer em um novo emprego, e só depois trazer a família. Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais são estados atrativos para mão de obra, por serem centros maiores”, explica o analista da pesquisa, William Kratochwill.
No Estado, apesar do aumento nos domicílios unipessoais, o tipo de arranjo familiar mais frequente é o nuclear com 62,9%. No Brasil, este mesmo grupo soma 65,7%. Este tipo familiar possui um único núcleo formado pelo casal, com ou sem filhos ou enteados, bem como aquelas famílias compostas por mãe com filhos ou pai com filhos, as chamadas monoparentais. Já as famílias estendidas, constituídas pela pessoa responsável com, pelo menos, um parente, formando uma família que não se enquadre em um dos tipos descritos como nuclear, somam 13,6%. No Brasil, são 14,5%. As famílias compostas, formadas pela pessoa responsável, com ou sem parente, e com, pelo menos, uma pessoa sem parentesco, podendo ser agregado, pensionista, convivente, empregado doméstico ou parente do empregado doméstico, contam com 0,9% e no Brasil com 1,2%.
POPULAÇÃO NO RIO
Outro dado que coloca o Estado do Rio de Janeiro em destaque é a menor proporção entre homens e mulheres na faixa etária dos 60 anos ou mais. Neste segmento, são 70,4 homens para um grupo de 100 mulheres. A média do Estado é de 89,1 homens por 100 mulheres. Já no Brasil, é de 95,2 homens para cada 100 mulheres.
Com aproximadamente 17,2 milhões de pessoas morando em domicílios particulares permanentes, o Estado é o terceiro em quantidade de pessoas, ficando atrás de São Paulo (45,9 milhões) e Minas Gerais (21,3 milhões). A distribuição da população residente no Estado por grupos etários mostra uma tendência de queda da proporção de pessoas abaixo de 40 anos de idade e um aumento após esta idade, o que indica o envelhecimento da população. A mesma tendência segue o País.
No Rio, entre as pessoas que declararam pretas, houve um aumento de 2 p.p, passando de 14,4% (2012) para 16,4% (2024). Por outro lado, o número de pessoas que se declararam brancas caiu de 1 p.p, passando de 45% para 44%, no mesmo período.
CARACTERÍSTICAS DOS DOMICÍLIOS
No Estado, 73,1% moram em casas e 26,6% em apartamentos. Em 2016, eram 77,6% e 22%, respectivamente. Seguindo a tendência nacional, no Rio 93,6% dos domicílios possuem paredes de alvenaria/taipa com revestimento; 6,2% do mesmo material sem revestimento; outros somam 0,2%. Já quando analisado o piso dos locais, 90% são de cerâmica, lajota ou pedra. Por outro lado, 5,6 são de madeira apropriada para construção e 4,2% de cimento. As coberturas são compostas, em sua maioria, por telha com laje de concreto (44,6%).
Quanto as principais fontes de abastecimento de água, 86,7% possuem rede geral de distribuição e 9,7% poço profundo ou artesiano. Os tipos de esgotamentos mais encontrados são 80,5% daqueles com rede geral ou rede pluvial e 8,7% com fossa séptica ligada à rede. A coleta de lixo é feita diretamente por serviço de limpeza em 91,3% dos domicílios e em caçamba de serviço de limpeza em 7,6%.

Os dados completos da publicação podem ser acessados no site do IBGE.
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