Melhores rodovias do país estão em São Paulo e no RJ diz CNT. As dez rodovias mais bem avaliadas na pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), em 2024, estão localizadas nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro.
Todas as estradas são estaduais e a maioria foi concedida ao setor privado, segundo a “Pesquisa CNT de Rodovias 2024”, divulgada nesta terça-feira (19).
Já as dez piores rodovias também são estaduais, mas estão sob gestão pública. A maior parte das vias está localizada no Nordeste.
O presidente da CNT, Vander Costa, destaca que o fato de que todas as rodovias estaduais entre as dez piores estão sob administração pública tem relação com a falta de recursos estaduais para manter as estradas.
“Houve uma melhora nas [rodovias] estaduais no período, quando a Cide-Combustíveis [imposto cobrado no valor dos combustíveis] tinha um valor mais significativo e 25% disso ia para os estados. Mas com a opção do governo, não esse, mas há pouco tempo atrás, de retirar a Cide dos combustíveis, principalmente do diesel, os estados ficaram sem recursos para investir na manutenção e melhoria de rodovias”, declarou.
A exceção, segundo Costa, é o estado de São Paulo, que tem mais recursos para investimento. Ainda assim, nove das dez rodovias entre as melhores são concedidas ao setor privado.
Leia mais – Veja quanto custa visitar os principais pontos turísticos do Rio. Siga nossas redes sociais.
“A rodovia concedida tem recurso próprio, o usuário paga o pedágio, e naturalmente vai ser uma rodovia de maior qualidade, uma rodovia mais transitável e mais amigável”, declarou o presidente da CNT, Vander Costa.
Veja o ranking
10 melhores:
- SP-270, de Presidente Epitácio a Ourinhos (SP)
- SP-099, de São José dos Campos a Caraguatatuba (SP)
- SP-225, de Itirapina a Santa Cruz do Rio Pardo (SP)
- SP-021, de São Paulo a Arujá (SP)
- SP-348, de Cordeirópolis a São Paulo (SP)
- RJ-124, de Rio Bonito a São Pedro da Aldeia (RJ)
- SP-463, de Ouroeste a Clementina (SP)
- SP-300, de Castilho a Jundiaí (SP)
- SP-070, de Taubaté a Guarulhos (SP)
- SP-065, de Campinas a Jacareí (SP)
10 piores:
- PE-545, de Exu a Ouricuri (PE)
- PE-096, de Palmares a Barreiros (PE)
- PB-400, de Cajazeiras a Conceição (PB)
- RN-118, de Macau a Itajá (RN)
- PE-177, de Quipapá a Garanhuns (PE)
- RS-153, de Barros Cassal a Vera Cruz (RS)
- RS-640, de São Vicente do Sul a Rosário do Sul (RS)
- RJ-155, de Barra Mansa a Angra dos Reis (RJ)
- PB-066, de Ingá a Itambé (PB)
- AC-010, de Porto Acre a Rio Branco (AC)
Melhora nos pontos críticos
A pesquisa da CNT aponta também uma queda nos chamados “pontos críticos”, que são ocorrências críticas nas rodovias, como pontes caídas, queda de barreiras e erosão na pista.
Entre 2023 e 2024, os pontos críticos caíram 7,6%. Só nas rodovias federais sob gestão pública a queda foi de 17,3%.
“Eles [os pontos críticos] sofreram uma variação positiva muito grande ao longo dos últimos seis anos e agora começaram a cair. Isso gera um impacto muito positivo em termos de segurança, em termos de fluidez de tráfego… essa foi uma das boas notícias da pesquisa nesse ano”, afirmou o diretor executivo da CNT, Bruno Batista.
A CNT avaliou, neste ano, 111,8 mil quilômetros de rodovias. A pesquisa alcançou as principais vias estaduais, todas as vias federais pavimentadas e todas as concedidas.
Crédito: g1