A “linguagem neutra” – conhecida pelo uso de termos como “elu”, “delu” ou “todes” – não poderá ser utilizada em documentos oficiais produzidos por órgãos de administração pública, seguindo uma lei federal sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na última terça-feira (18). Válida para todas as formas de comunicação, diretas ou indiretas, a norma se estende para os poderes Executivo, Legislativo e Judicário e todas as esferas, União, estados, Distrito Federal e municípios.
Leia também: Motorista morre após queda de passarela na BR-116, em Magé
A nova regra faz parte da Política Nacional de Linguagem Simples, que visa possibilitar uma comunicação entre o poder público e os cidadãos “sem a necessidade de intermediários”.
Linguagem Neutra
Normalmente usada para se referir a pessoas não-binárias, que não se identificam exclusivamente como homem ou mulher, a linguagem usa as letras “x” e “e” ou o símbolo “@”, no lugar das vogais, em palavras como todos e todas, por exemplo. Com a mudança, o termo pode variar entre “todes”, “todxs” ou “tod@s”.
Ou ainda nos pronomes “elu” e “delu”, substituindo “ele/ela” e “dele/dela”, respectivamente.
Política Nacional de Linguagem Simples
Dentre os padrões e regras definidos pela nova lei federal, estão
- Priorizar frases curtas, em ordem direta e com voz ativa;
- Desenvolver uma ideia por parágrafo;
- Usar palavras comuns, evitando jargões e explicando termos técnicos quando necessários;
- Evitar estrangeirismos que não estejam incorporados ao uso cotidiano;
- Colocar as informações mais importantes logo no início;
- Não utilizar formas de flexão de gênero ou número que estejam fora das regras da língua portuguesa;
- Usar listas, tabelas e outros recursos gráficos sempre que ajudarem na compreensão;
- Testar a compreensão do texto com o público-alvo;
- Garantir linguagem acessível às pessoas com deficiência (PCD), conforme o Estatuto da Pessoa com Deficiência.
*Com informações da CBN Notícias e Agência Brasil.
Siga o perfil do Jornal Folha da Terra nas redes sociais.